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SALVADOR

Baianas de Salvador planejam "um dia sem acarajé"

Protesto será contra a determinação federal que proíbe a comercialização do bolinho nas areias da praia

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14/10/2013 às 17:38 • Atualizada em 02/09/2022 às 2:23 - há XX semanas
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Em reunião na manhã desta segunda-feira (14), a Associação das Baianas de Acarajé (Abam) de Salvador decidiu protestar contra a determinação que proíbe a comercialização de alimentos e bebidas nas areias das praias da cidade. Segundo Rita Santos, presidente da Abam, as baianas presentes decidiram realizar um dia sem acarajé na cidade e sair às ruas em protesto. Outra reunião foi marcada para a próxima terça-feira (22), para decidir a data da manifestação. Leia Mais:Baianas de acarajé não poderão ficar com tacho, nem tabuleiro na areia Na reunião de terça-feira, Rita pretende convocar as baianas que não vendem nas praias e as baianas de Ilha de Vera Cruz e Ilha de Itaparica a também suspenderem a comercialização do quitute. A presidente também quer estender o convite às famílias das baianas, para que todos saiam em passeata. O local da caminhada deve ser decidido na terça-feira.
Além dos protestos, as baianas buscaram orientação judicial para garantir sua permanência nas praias. "Até sexta-feira, dois advogados vão avaliar a possibilidade de entrarmos com um mandato de segurança para impedir nossa retirada da praia", esclarece Rita. Entenda o casoEm reunião, no dia 25 de setembro, na Justiça Federal, o juiz da 13ª Vara da Justiça Federal, Carlos D’Ávila, deixou claro à Abam que nem o tacho, nem o tabuleiro poderão ficar na faixa de areia. Segundo ele, a prefeitura será obrigada a cumprir a decisão judicial que proíbe a produção e venda de alimentos na faixa litorânea, fiscalizando e punindo quem tentar descumprir a lei — incluindo barraqueiros e baianas. A alternativa, proposta pelo próprio juiz federal e acatada pela Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop), é a de permitir que as baianas montem seus tabuleiros no calçadão — que será todo reconstruído — e permita a divulgação do produto e a venda com garçons na areia da praia. Entre os argumentos apresentados pela Comissão de Notáveis (formada pela Justiça e que reúne arquitetos, urbanistas e ambientalistas de universidades e entidades de classe), estão o de que o azeite de dendê em contato com a areia forma uma massa insolúvel e polui as praias e o fator segurança, devido à alta temperatura de fritura do óleo.

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