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SALVADOR

Baiano cria o primeiro aplicativo em português sobre maconha

Até o momento, o aplicativo, que é de graça, está disponivel apenas para Android

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10/03/2015 às 14:35 • Atualizada em 01/09/2022 às 23:15 - há XX semanas
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Após 9 meses de trabalho, foi lançada na semana passada na Play Store, a primeira versão do 420 APP, primeiro aplicativo em língua portuguesa voltado aos usuários de drogas. A ferramenta é dedicada à cultura canábica e políticas de drogas, onde contém dados históricos científicos, além de uma espaço exclusivo para interação.
O idealizador do aplicativo é o estudante Guilherme Storti, de 26 anos, que mora no bairro da Boca do Rio, em Salvador. "Eu trabalho com redução de danos e sempre me interessei sobre o assunto. Durante um tempo escrevi em uma coluna voltada para usuários de maconha e depois tentei fazer algo semelhante. Depois de algumas pesquisas, vi que existiam aplicativos específicos para maconha, mas nenhum em português" contou.
Guilherme Storti,que mora em Salvador, criou o aplicativo 420
Storti, que é usuário de maconha assumido, é redutor de Danos do Centro de Estudos e Terapia do Abuso de Drogas (CETAD); redutor de Danos do Centro de Referência Integral de Adolescentes/Projeto Corra pro Abraço (CRIA); membro da Rede Latino Americana de Pessoas que Usam Drogas (LANPUD); membro do Coletivo Balance de Redução de Riscos e Danos; Membro da Frente Estadual Drogas e Direitos Humanos - Bahia; mobilizador Regional da Associação Brasileira de Redução de Danos (ABORDA), e estudante do curso de Humanidades da Universidade Federal da Bahia (UFBA).No total, 5 pessoas se reuniram durante 9 meses para produzir o aplicativo. "São dois designers, um programador, um advogado e eu. Todos têm o mesmo propósito e o mesmo pensamento em relação à maconha. O aplicativo é projeto 100% independente, construído de forma colaborativa por profissionais que acreditam no potencial da informação no processo de politização dos usuários de drogas", explicou o estudante.Clique para ter acesso ao aplicativo
420APP: Baiano cria o primeiro aplicativo em português sobre maconha
A ferramenta traz a possibilidade do usuário ter informações coletadas através de dados históricos e científicos além de um feed de notícias onde pode ser acompanhado o que acontece dentro do contexto canábico e da política de drogas do brasil e do mundo, reunindo notícias dos principais veículos de informação do país e postagens de blogs especializados no assunto.
O '420' já foi baixado por mais de mil pessoas e não se limita apenas para os brasileiros. Os dados mostram que pessoas da Alemanha, França, Portugal, Estados Unidos, Austrália, Colômbia, Cabo Verde (África Ocidental), Reino Unido e Venezuela. O aplicativo é gratuito e está disponível apenas para Android.
Ele ainda traz indicações de coletivos, organizações, blogs, sites e revistas que debatem o assunto, além de um mural que serve de interação para que os usuários debatam e troquem informação. "Temos percebido que essa nossa parte, que serve como bate-papo, também se transformou em um ponto de encontro para reunir manifestantes que pedem a marcha da maconha em suas cidades".Vale lembrar que o uso da maconha no Brasil não e liberada. No país, o consumo de qualquer droga ilícita é crime, mas o uso pessoal não é punido com prisão. A lei prevê advertência, serviço comunitário e aulas sobre os efeitos da droga para quem é flagrado mesmo com pequena quantidade de maconha. Venda e transporte, assim como posse ou cultivo de grandes quantidades, é considerado tráfico de drogas, com pena prevista de 5 a 15 anos de prisão, além de multa.'Foursquare da maconha' O brasileiro João Paulo Costa, de 30, criou no começo do ano, um aplicativo diferente e que promete ser uma espécie de 'Foursquare da maconha', que mostra onde há pessoas fumando na cidade e indica o "nível de felicidade" de cada usuário e de cada país, a partir da frequência de tragadas. O aplicativo não tem versão em português.Um dos planos do publicitário para o futuro é 'gamificar' a brincadeira, conferindo selos aos locais onde o consumo acontece com mais intensidade. Inicialmente a ferramenta deve focar o mercado norte americano, onde há uma grande proliferação de tecnologias ligada à cultura canabica e a erva vive um momento em que a legalização está crescente em diversos estados. O aplicativo está disponível para o iOS, da Apple, e o Android, do Google.

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