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SALVADOR

Bancos apertam o cerco para quem quer financiar a compra do carro

O cenário se tornou ruim para o consumidor por um conjunto de fatores. A cada 10 pedidos de crédito, 4 são negados

• 20/09/2011 às 10:27 • Atualizada em 30/08/2022 às 5:32 - há XX semanas

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Os consumidores que quiserem estacionar o carro novo na garagem este ano encontrarão mais dificuldades. Isto porque os bancos estão mais cautelosos na hora de liberar os financiamentos, responsáveis por 47% das vendas no país, segundo dados da Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras (Anef). De cada dez pedidos de financiamento feitos aos bancos, apenas seis são aceitos.
Trabalhar em uma empresa reconhecida, ter boa ficha bancária e telefone fixo facilitam o financiamento
O cenário se tornou ruim para o consumidor por um conjunto de fatores. O vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), Miguel Ribeiro de Oliveira, lembra que além das medidas restritivas ao crédito impostas pelo Banco Central em dezembro de 2010, os bancos agora estão mais apreensivos com os efeitos da crise internacional no Brasil. “As instituições financeiras estão com mais dificuldade para captação de recursos no exterior e têm medo que uma onda de desemprego possa aumentar ainda mais a inadimplência”, comenta Oliveira. Outra mudança que o especialista comenta é que se antes um banco levava menos de 24 horas para aprovar uma ficha de crédito, agora eles estão sendo mais criteriosos, levando até três dias para aprovar um financiamento. Já o percentual da renda do consumidor que o crédito pode atingir, Oliveira diz que continua o mesmo, não sendo possível ultrapassar os 25%. “Eles não mudaram este critério, mas se as parcelas forem menores, representando de 20% a 15% da renda, a pessoa terá menos dificuldade para conseguir aprovação”. InadimplênciaO presidente da Associação dos Revendedores de Veículos da Bahia (Assoveba), Paulo Mascarenhas, confirma que está mais complicado conseguir financiamento, mas também atribui a este cenário o alto índice de inadimplência, que já chega a 29%. “Mesmo com este cenário, é um bom momento para comprar o automóvel, porque tem muita loja com promoções, como licenciamento, transferência, ou tanque cheio de graça”. Sobre as taxas de juros, Mascarenhas diz que estão variando entre 1,3% a 1,9% ao mês, mas que as taxas tendem a ficar mais atraentes por causa da baixa dos juros pela Selic. “Os bancos estão peneirando, mas se o cliente tiver um cadastro bom consegue uma taxa bem competitiva”. A mesma ideia tem Adhemar Morais, sócio da revendedora Nova Romana. Ele acrescenta que, mesmo com mais dificuldade, 90% das suas vendas são financiadas. “Se o cliente tiver uma ficha boa, trabalhar em uma empresa reconhecida e tiver telefone fixo em casa, ele já terá mais vantagens na hora de pedir a aprovação do crédito”, orienta Morais. O telefone fixo, segundo ele, facilita cobranças em caso de inadimplência, já que os celulares podem ser facilmente desligados. Tanta preocupação não é à toa. Segundo a Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras, até julho o saldo de inadimplentes - atrasos acima de 90 dias - atingiu a marca de 4%, um aumento de 0,2 pontos percentuais no mês.

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