Bares, mercadinho e até uma escola profissionalizante localizados da Avenida Dom João VI, no bairro de Brotas, em Salvador, fecharam as portas mais cedo, no final da tarde desta sexta-feira (11), por conta de um toque de recolher comandado por bandidos em motocicletas. As ameaças seriam uma reação à morte de Marcelo Batista dos Santos, o Marreno, na quinta, durante confronto com policiais na Linha Verde. Ele era um dos líderes da facção Bonde do Maluco (BDM), uma das quatro maiores do estado.
Ao CORREIO, uma lojista relatou como foram as ameaças. "Hoje, eu não tinha hora pra fechar o comércio, mas dois homens de moto foram na minha loja e pediram para eu ir embora", disse a mulher, que preferiu não ser identificada. De acordo com ela, outros comerciantes do local também foram intimidados a fecharem as portas. "Os bandidos falaram que estavam de luto por causa do BDM", completou.
Boatos no WhatsApp também ajudaram a aumentar o clima de tensão no bairro. Por conta disso, um funcionário do SE7E Centro Tecnológico, Daniel Adorno, disse que o local decidiu suspender as aulas. "Aqui é pouco movimentado de noite e, por isso, nós decidimos ficar sem aula", contou.
O dono de um comércio da região também admitiu ter fechado por receio. "Eu não ia ficar pra ver, né? Arrumei as coisas e fui embora", afirmou.
Ao CORREIO, a assessoria da Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que não recebeu nenhuma denúncia sobre toque de recolher em Brotas.
No início da manhã, lojistas da Avenida Jorge Amado, que liga a Paralela à Orla, passando pela Boca do Rio, também decidiram baixar as portas por precaução.
No final da tarde, um homem foi preso em Catu, na Região Metropolitana de Salvador, acusado de disseminar mensagens pelo WhatsApp na qual ordenava o fechamento do comércio local por conta da morte do traficante Marreno.
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Redação iBahia
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