Bandidos invadem prédios e suspeito morre em confronto com a PM

Os moradores do bairro Candeal, em Salvador, viveram madrugada de terror nesta quarta-feira (23) depois que pelo menos cinco bandidos armados invadiram prédios na Rua Alberto Pondé e trocaram tiros com a Polícia Militar. Assustadas, moradores relataram que houve duas horas de trocas de tiros intensa e uso de bombas. Um suspeito morreu dentro de um condomínio.

Um dos suspeitos foi morto dentro do banheiro da guarita do prédio Mirantes do Candeal (Foto: Victor Abreu)

Dois suspeitos invadiram o prédio Mansão do Candeal enquanto fugiam de uma troca de tiros com policiais. Para tentar dominar a dupla, moradores contaram que os policiais jogaram uma bomba de gás lacrimogêneo na guarita do prédio. "A sensação era de que o prédio estava desabando. Foi pânico total, parecia uma guerra. Eu estava com duas crianças em casa e cheguei a pegar cadeiras para botar na porta, pois a sensação era de que os bandidos estavam no meu andar", disse uma moradora chorando que não quis se identificar. Após a detonação da bomba, um dos suspeitos saiu correndo entre os prédios vizinhos até chegar ao edifício Mirantes do Candeal, vizinho ao invadido. Lá, o suspeito abordou o porteiro e se escondeu no banheiro, mas a polícia conseguiu entrar no local. O homem, que não teve o nome divulgado, foi atingido por tiros em várias partes do corpo. Ele foi levado para o Hospital Geral do Estado (HGE), mas já chegou na unidade morto. O tiroteio teria começado na avenida ACM, onde moradores relataram que um homem havia sido morto e um adolescente de 16 anos ferido na perna esquerda. "Eles subiram para cá [Candeal] por uma escadaria que tem na Ladeira Cruz da Redenção, que é sempre usada como ponto de fuga", relatou um morador. A equipe do CORREIO esteve no local e achou um rastro de sangue, segundo testemunhas, deixado pelo adolescente ferido. Ainda de acordo com testemunhas, um homem chegou a ser detido pelos policiais da Rondesp Atlântico e outro conseguiu fugir. Cinco viaturas das polícias Civil e Militar estiveram no local para ouvir os moradores e fazer perícia nos prédios. O CORREIO entrou em contato com a Polícia Militar, mas não obteve resposta até as 9h50 de hoje. Com informações da repórter Amanda Palma.