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Bem-estar: cuidado com as promessas que só fazem mal a saúde

Antes de acreditar nas propagandas, pesquise e busque referência. Cura do alcoolismo, perda de peso, aumento do pênis, tratamento da ejaculação precoce. Antes de acreditar em anúncios, saiba mais

• 05/06/2011 às 12:48 • Atualizada em 28/08/2022 às 3:51 - há XX semanas

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Fartura de cabelos em calvos, ganho de massa muscular em poucas semanas, redução de peso em dias, cura para o alcoolismo, solução para ejaculação precoce, aumento da potência sexual e do pênis em até 15 centímetros. Essas são algumas das muitas promessas feitas pelas publicidades veiculadas nos horários nobres dos canais de televisão, ônibus, outdoor e através de e-mails. Embora falem direto aos desejos mais especiais e secretos dos seres humanos, a maior parte delas não garante eficácia dos procedimentos, não possui respaldo científico e, além dos prejuízos financeiros, pode trazer danos significativos para a saúde de quem se submete a esses tratamentos. O urologista Manoel Juncal, por exemplo, tem uma vasta experiência de assistência e correção de erros causados por esses ‘milagreiros’. “Geralmente, essas propagandas se aproveitam da insegurança do público masculino, sempre muito preocupado com a performance, esquecido que só possui um pênis e que, se esse for danificado, não se pode colocar outro no lugar”, diz o médico, que já tratou de casos complicados nos quais as intervenções cirúrgicas causaram mutilações. Vítimas Juncal é enfático em destacar que não adianta esticar o órgão sexual masculino, pois esse não aumentará o tamanho. “As intervenções cirúrgicas para aumento de pênis são usadas apenas para aqueles casos de micro pênis, onde não há sequer definição do gênero do indivíduo”, afirma. No que diz respeito à ejaculação precoce, o especialista cita estudos epidemiológicos que dizem que, na capital baiana, 39,8% da população masculina sofre do problema. “Imagine a quantidade de pessoas vulneráveis?”, questiona o médico, lembrando que a ejaculação não precisa ser curada com cirurgia e que, na maioria dos casos, tratar a ansiedade e os aspectos emocionais garantem a solução do problema. Membro da Sociedade Brasileira de Urologia, ele lembra que parte dessas clínicas, mesmo aquelas que contam com espaços em horário nobre, não têm profissionais reconhecidos pelos pares da área de medicina e que, uma vez denunciada, a praxe desses profissionais é, simplesmente, mudar de técnica. “Infelizmente, a maioria das pessoas têm vergonha de denunciar e termina se calando, permitindo que esse engodo permaneça”, finaliza Manoel Juncal. Site tem informações sobre médicosDe acordo com o presidente do Conselho Regional de Medicina (CREMEB), Abelardo Meneses, quando o assunto da publicidade é a saúde, todo o cuidado é pouco. “Geralmente, são peças muito bem elaboradas e convincentes, mas que não dão garantia alguma”, completa o médico. Ele ressalta ainda que ao avaliar um produto que prometa qualquer espécie de cura ou solução miraculosa, o primeiro passo é duvidar e depois buscar o máximo de informações, procurando contatar outros pacientes. “É fundamental que a pessoa interessada se abasteça com o máximo de informação, seja crítico e busque referências de quem já usou”, esclarece. Quando a publicidade trouxer um responsável médico, Abelardo lembra que qualquer cidadão pode verificar a situação desse profissional no site do Conselho Federal de Medicina (CFM - portal.cfm.org.br/). Além de verificar se esse profissional está legalizado, há também como conferir as suas especialidades. Menezes lembra, no entanto, que na fiscalização, órgãos como o Cremeb esbarram na dificuldade de só poderem punir profissionais da área médica e de atuarem apenas no estado de origem da publicidade.

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