A vizinhança do Setor L do bairro de Mussurunga já havia se acostumado a ouvir as brigas do casal de policiais militares Ana Gleides Santos de Souza, 44 anos, e Maurício Cruz de Souza, 43. Eles morreram de forma trágica na manhã desta sexta-feira (30). Maurício matou a esposa e em seguida disparou contra si mesmo. “Os vizinhos já estavam acostumados com as discussões. Apesar disso, ficou todo mundo surpresa que terminou dessa foram”, contou uma moradora do bairro. “A gente estava tomando café quando ouvimos os tiros. Aqui de manhã cedo é bem silencioso, então, dá para ouvir tudo. Saiu todo mundo correndo para ver”, completou.Ainda de acordo com a moradora, foi uma vizinha mais próxima que foi chamar o irmão de Maurício para entrar na casa e averiguar o que tinha acontecido. Os pais de Maurício moram ao lado da casa onde o casal vivia. Pela manhã, o portão de entrada que dá acesso ao Caminho 51, onde aconteceu o crime teve o acesso controlado, por policiais militares. Apenas familiares e amigos mais próximos puderam ter acesso ao local.
Familiares contaram que os policiais ficaram casados por mais de 10 anos. Há cerca de dois anos eles se separaram e passaram a morar em andares diferentes do imóvel. O andar superior, onde vivia Ana Gleides, começou a ser construído enquanto eles ainda eram casados.
Segundo a polícia, o casal havia se separado legalmente e a divisão de bens também aconteceu por meio da Justiça e assim, Gleides teve o direito de permanecer na casa. “Eles viviam brigando e voltando, e a gente não sabia exatamente se eles estavam juntos ou não. As duas famílias preferiam não se meter”, disse um parente.
Investigação
A polícia acredita que Maurício tenha matado a tiros a ex-companheira e se suicidado em seguida. Vizinhos relatam que ouviram quatro tiros em sequência e depois mais um. Em toda a casa, só foi encontrada uma pistola calibre .40.
O Departamento de Polícia Técnica (DPT) informou que o corpo de Ana Gleides foi encontrado na porta do quarto da casa em que ela morava, atingido por, provavelmente, cinco tiros. Segundo o perito Jair Gomes, o corpo apresenta três ou quatro perfurações na cabeça, duas nas costas, uma no queixo, uma no ouvido e outra no antebraço - a quantidade de perfurações é maior do que a de tiros porque as balas provocam lesões de entrada e saída. O DPT informou que não havia sinais de briga no apartamento.
Em nota, a Polícia Militar lamentou a morte dos soldados. De acordo com o Departamento de Comunicação da PM, Ana Gleides atuava no Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP) e Maurício era lotado no Batalhão de Polícia de Guardas.
O caso está sendo investigado pela Corregedoria da Polícia Militar. Procurada, a Corregedoria informou que vai abrir uma sindicância para apurar mais detalhes do crime.
Veja também:
Leia também:
AUTOR
AUTOR
Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!
Acesse a comunidade