Os candidatos das três principais coligações que disputam as eleições para prefeito de Salvador enfrentam nesta segunda-feira (2) o seu primeiro teste com o povo nas ruas. Antes mesmo do início oficial da campanha, na próxima sexta, Nelson Pelegrino (PT), Mário Kertész (PMDB) e ACM Neto (DEM) poderão saber, no desfile do 2 de Julho, como andam suas popularidades. Ao lado de seus vices, candidatos a vereador, deputados, lideranças e centenas de correligionários, eles prometem cumprir o trajeto entre a Lapinha e o Campo Grande. Vão aproveitar a comemoração dos 189 anos de Independência da Bahia para, de certa forma, dar início às campanhas. “Como existe uma quantidade muito grande de gente nas ruas, acaba sendo um termômetro”, considera Neto, experiente na festa cívica. “Muito antes de ser deputado, eu já participava”. Mário Kertész, que não se lembra a última vez em que foi ao 2 de Julho, enxerga o evento como um treinamento para o corpo a corpo. Mas, diz ele, é cedo para medir seu “ibope”. “Está começando tudo ainda, né? Tem gente que bota pessoas para aplaudir. Não gosto de nada artificial. Durante anos participei da festa”. Pelegrino vai ter a companhia do governador. Deve, portanto, ouvir os gritos de protesto dos professores em greve. “Independente dos professores, vou para o desfile normalmente. E não considero o termômetro que dizem”. Termômetro ou não, o 2 de Julho será o primeiro contato com o povo, o que, confirmam os três, será marca de suas campanhas. “A presença nas ruas é tão importante quanto na TV”, aposta Neto. “O corpo a corpo já faz parte de minha maneira de fazer política”, disse Pelegrino. “Para ganhar eleição, tem que gastar sola de sapato”, afirmou Kertész.
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