O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Salvador realiza uma ação de combate ao caramujo africano Achatina fulica, na extensão da orla marítima. O animal transmite doenças, como por exemplo, angiostrongilíase abdominal e a meningite eosinofília.
As atividades foram iniciadas na última segunda-feira (11) e seguem até o próximo dia 11. Nesta quinta-feira (14), a ação acontece no trecho do bairro da Boca do Rio e, na sexta-feira (15), será a vez de Pituaçu. As equipes se deslocam pela manhã para fazer o trabalho de prevenção contra o molusco, período em que estão mais ativos e fica mais fácil encontrá-los.
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A coleta será apenas em área pública, sendo que o monitoramento residencial é de responsabilidade do proprietário do espaço. Segundo o chefe do Setor de Vigilância e Controle das Zoonoses, Cristian Yuki, a espécie tem um potencial risco à saúde pública em áreas urbanas pelo nível de reprodução.
“Uma espécie pode depositar, pelo menos, 200 ovos a cada quatro ou cinco vezes em um ano. Por isso, estamos intensificando as inspeções para localização das populações deste caramujo, ação fundamental para evitar o contato com as pessoas.", afirma.
Doenças
O caramujo transmite a angiostrongilíase abdominal, causada pela presença do parasito dentro do intestino, o que pode perfurá-lo ou obstruí-lo, além de causa fortes dores no abdômen, vômitos e febre prolongada. Também transmite a meningite eosinofílica, que ocorre quando os parasitas invadem a corrente sanguínea e causam inflamação nas membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal.
Cuidados
O CCZ faz um alerta aos cidadãos para que não toquem ou consumam o caramujo africano. Caso ocorra o contato, lave as mãos imediatamente com água e sabão. Além disso, recomenda-se lavar frutas e verduras adequadamente, principalmente se condumidos crus.
Os caramujos também não devem ser transportados e nem jogados em terrenos baldios, ruas, matas e restinga, dentre outros locais. Em caso de ocorrência do caramujo africano, o cidadão pode realizar a catação manual com luvas descartáveis ou sacolas plásticas, acondicionar os bichos em latas ou baldes com água e sal (proporção de 1 litro de água para 5 colheres de sal). Após três horas, descartar a água em esgoto doméstico, quebrar as conchas (que podem servir de reservatório para mosquitos) e eliminar os resíduos em lixo doméstico comum.
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Redação iBahia
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