Os corpos de Silvanir Freitas dos Santos e Milton Moreira Assunção Júnior, ambos de 24 anos, foi sepultado às deste 10h deste domingo (11), no cemitério Quinta dos Lázaros. Juntos há seis anos, o casal, que morreu em um grave acidente de trânsito na avenida Paralela na manhã do sábado (10), deixou uma filha de quatro anos. O acidente aconteceu por volta das 7h30 no retorno do supermercado Extra, no sentido Aeroporto, quando o Gol cinza onde o casal estava bateu no fundo de um caminhão Mercedes Benz 710. Com o impacto da colisão, o teto e a porta da mala do automóvel foram arrancados e projetados a 30 metros. Silvanir, que trabalhava como recepcionista, e o marido, que trabalhava como lavador de carros, tinham o costume de pegar carona para o trabalho com Antonio Lucas Evangelista Lima, 22 anos, mecânico e colega de trabalho de Milton na concessionária Baviera.
O casal ficou preso às ferragens e morreu no local. Com ferimentos em várias partes do corpo, Antonio Lucas conseguiu sair do Gol e foi socorrido pelo Serviço Médico de Urgência (Samu) para o Hospital Geral do Estado (HGE). O quadro clínico dele, segundo parentes, é estável e não há risco de morte. Segundo o condutor do caminhão, o motorista José Evandro Barbosa, 57, o Gol estaria em alta velocidade na pista, em um suposto pega. “Vinham dois carros em alta velocidade e eles começaram a me pedir passagem. Eu estava na via de caminhões e encostei o máximo que pude. Um dos carros conseguiu ultrapassar, mas o outro acabou batendo no caminhão e rodou. Vi o carro indo pro meio da pista e o capô voando”, descreveu o motorista. José Evandro contou ainda que seguia para entregar equipamentos de iluminação para um show. “Tem 20 anos que dirijo e nunca passei por uma situação dessa. Nunca me envolvi em acidente. Tô em pé porque tenho que estar em pé. Não fui irresponsável”, disse, abalado. Uma testemunha que não quis se identificar, no entanto, contou outra versão aos policiais. “Ele parou o caminhão para uma pessoa descer. O carro das vítimas vinha em boa velocidade”, afirmou. Porém, a polícia acredita que o condutor do Gol estaria em alta velocidade. A possibilidade é confirmada por vizinhos dos mortos e de Antonio Lucas, que estiveram no local do acidente. “Ele tem o costume de correr mesmo. Já chegou várias vezes lá na rua pisando fundo. Todo mundo sempre chamou a atenção”, relatou uma amiga da família de Milton. Ele e Antonio Lucas trabalhavam juntos na concessionária Baviera, na Paralela. Parentes das vítimas entraram em desespero ao chegar ao local do acidente. A mãe de Milton, Joseane Lima Pinto, precisou ser atendida em uma ambulância do Samu. De lá, saiu anestesiada. “Cadê Milton? Quero resgatar ele onde ele estiver. Eu tô bem”, repetia. “Olha o carro! Eles se acabaram aí”, gritava. Tio de Silvanir, o cobrador de ônibus José Mário Santos disse ter visto o casal e o amigo antes de sair para trabalhar. “Saí antes e eles ainda estavam se preparando. Não consigo acreditar no que estou vendo. Eles iam pro trabalho”, chorou. Funcionários da Baviera prestaram assistência às famílias das vítimas. A delegada Neuza Conceição, do plantão da 9ª Delegacia (Boca do Rio), ouviu o motorista do caminhão, parentes das vítimas e testemunhas do acidente. Antonio Lucas também deve prestar depoimento nos próximos dias. O acidente provocou um longo congestionamento por pelo menos quatro horas em toda a Paralela, sentido aeroporto, e teve reflexos no Iguatemi, avenidas Luis Eduardo Magalhães, ACM, Tancredo Neves, Magalhães Neto, Bonocô, San Martin e orla. *Com informações do repórter Leo Barsan Matéria original do Correio Casal morto em acidente na avenida Paralela é enterrado neste domingo (11)
Ao bater violentamente no fundo do caminhão, Gol rodou até o meio da pista, enquanto o capô era arrancado |
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