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SALVADOR

Casar ainda faz parte dos planos de muitos casais, embora o preço seja alto

Fornecedores de produtos e serviços do segmento não têm pena na hora de cobrar

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09/05/2011 às 21:56 • Atualizada em 29/08/2022 às 12:59 - há XX semanas
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É difícil encontrar uma mulher que não tenha o sonho de casar e constituir família. De carona neste desejo, o casamento tornou-se uma das maiores fontes de renda para os fornecedores do ramo. São milhares de detalhes com valores absurdos. Apesar dos gastos, as noivas se deixam levar pela magia do momento, entram no clima da festa e parecem até esquecer das quantias desembolsadas. Em Salvador, o número de celebrações é cada vez maior. Segundo Hudson Pinheiro, administrador do Fórum Ruy Barbosa, somente em uma semana, acontecem no local, cerca de 180 casamentos civis. “Sexta-feira é o dia de maior movimento, quando aproximadamente 70 uniões são efetuadas”. Pinheiro conta, ainda, que em 2010, foram realizados cerca de 10 mil casamentos na cidade.
A advogada Natália Coelho namorava o advogado Lucas Moreira há quatro anos e sete meses, quando foi pedida em casamento em julho de 2010. Desde lá, vem organizando os preparativos da festa que acontece no dia 13 de maio. De família católica, ela conta que a escolha da data não tem a ver com a tradição de maio ser o mês das noivas, mas sim com o dia de Nossa Senhora de Fátima. “Tínhamos outras opções de datas, mas como somos devotos de Nossa Senhora de Fátima, achamos mais do que apropriada”, revela.Além da tradição familiar, os noivos que se conheceram em eventos da igreja acreditam que o casamento é um sacramento. “Vamos realizar nosso matrimônio na igreja para pedir a benção de Deus, que é o mais importante”. Para eles, apesar dos valores e dos muitos detalhes para realizar uma festa a comemoração também deve acontecer. “É o momento que temos para festejar a data com nossos familiares e amigos, e dar ainda mais destaque à celebração”, afirma Natália. Há quem ache, porém, que se casar na igreja e com papel passado não tenha tanta importância. O casal Tatiana Anéas e Márcio Almeida namoram há seis anos, mas há três decidiram morar juntos. Oficializar a união ainda não faz parte dos planos dos dois. A jornalista conta que sempre teve uma certa aversão ao casamento, principalmente, quando é na igreja com grandes festas. “A minha família não tem esse costume. Meu pai é ateu e minha mãe também não é religiosa, então não tive essa cobrança”, explica. No terceiro mês de gestação, Tatiana afirma que ainda não sente a necessidade de casar no civil, mas caso precise, a cerimônia não será acompanhada de festa. “Não vejo sentido gastar uma fortuna em uma festa que só dura um dia. Prefiro gastar com um apartamento que vou ter para a vida toda”, pontua. A cerimonialista Gil Santos, que realiza cerca de 20 casamentos durante o ano, acredita que o que os noivos buscam são novas formas de celebrar a união, mas a cerimônia religiosa não está sendo o mais importante para muitos casais. “Hoje em dia, os casamentos estão celebrando a união dos noivos, mas eles não precisam ter casado na igreja. Já fiz um casamento em um grande restaurante de Salvador, onde os noivos fizeram uma festa só para anunciar que estavam juntos”, comenta. Gil diz também que muitos noivos evitam casar no religioso por questão de economia. "Acaba ficando mais barato fazer uma benção e uma festa no mesmo lugar, é mais cômodo. Mas o que eles mais querem é inovar, fugir do tradicional e impressionar".

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