Clandestino é ameaçado com faca por taxista no aeroporto

O Aeroporto Internacional Deputado Luís Eduardo Magalhães foi nesta sexta-feira (22), mais uma vez, cenário de conflito entre taxistas regulares e clandestinos. Após uma discussão, ocorrida por volta das 12h, o clandestino Jailson dos Santos Souza chamou a polícia, afirmando ter sido ameaçado com uma faca por Moisés Ramos da Silva, taxista associado da Comtas. Os dois foram conduzidos por policiais até a 12ª Delegacia (Itapuã) para prestar depoimentos e foi lavrado um termo circunstanciado (para ocorrências de pouco poder ofensivo). De acordo com Moisés, o conflito começou depois de Jailson ter interferido em uma negociação com um cliente, que seria a segunda corrida do dia em 12 horas de trabalho. “Eu tinha acertado uma corrida para a rodoviária, que ficaria por R$ 55. Ele me xingou, disse que eu era otário e chamou o meu cliente para ir no táxi dele por R$ 30. Perdi as estribeiras”, relata. Moisés contou que foi ao carro e pegou uma faca, que utiliza para descascar frutas, mas que não teria saído de perto do veículo e não tinha a intenção de ferir o outro taxista. Sabendo por outro colega que Moisés portava uma faca, Jailson foi pedir satisfações e chamou a polícia. “Se eu quisesse mesmo fazer alguma coisa, não esperaria a polícia chegar. Sou um pai de família, mas esses caras não deixam trabalhar, atravessam a gente. Com esse preço, ele já tinha feito umas sete corridas e eu, que estava lá desde a 1h, só fiz uma. As associações têm brigado contra os clandestinos, mas não adianta”, reclama. Um levantamento da Infraero aponta que 70 taxistas clandestinos atuam no local – fato que já foi denunciado em reportagens do CORREIO. De acordo coma própria Polícia Militar, a falta de fiscalização por parte da Transalvador facilita a ação dos clandestinos no aeroporto. Já a Transalvador critica a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) por não assumir responsabilidades em sua área.