Comerciantes fecham as portas após enterro de vigilante

Comerciantes do bairro da Santa Cruz fecharam as portas mais cedo nesta sexta-feira (21) em luto pela morte do vigilante Luis Carlos Santos Silva, 28 anos. O comércio foi encerrado às 11h, logo após o sepultamento do corpo. No início da manhã, moradores fizeram um protesto no final de linha do bairro, onde o vigilante morava. Segundo o delegado Marcelo Sansão, titular da 28ª Delegacia Territorial (DT/Nordeste), o policiamento foi reforçado na região. “Por enquanto, a gente está fazendo o acompanhamento porque recebi a informação de que haveria uma nova manifestação. Estão no local tanto policiais civis como militares”, diz o delegado. O corpo do vigilante foi sepultado no Cemitério Campo Santo, na Federação. Ele foi morto com tiros na cabeça na noite de quarta-feira (19) enquanto trabalhava na Escola Municipal Zulmira Torres, no Beco da Cultura, no Nordeste de Amaralina. A escola fica na mesma rua da Base Comunitária do Nordeste e próximo à sede da 40ª Companhia Independente da PM. Segundo testemunhas, uma mulher e dois homens em duas motos chegaram no local e chamaram o vigia. “Eles aproveitaram o horário de troca de turno dos policiais e ainda usaram uma mulher para atrair o vigia. Quando ele saiu, foi alvejado”, disse outro vigilante que não quis ser identificado. Segundo familiares da vítima, o vigilante tinha seis meses no trabalho. “Ele deixou uma filha de 5 anos”, lamentou um primo. Familiares disseram ainda que o vigilante já teve passagem pela polícia por suspeita de ser usuário de drogas. “Mas não ficou preso. Ele era tranquilo”, contou uma tia. No final da noite de quarta, moradores da Santa Cruz já haviam feito um protesto na rua Onze de Novembro. Eles atearam fogo em pneus e interromperam o tráfego. Matéria original: Correio 24h Comerciantes fecham as portas na Santa Cruz após enterro de vigilante