Corpo de criança estuprada e morta pelo pai é enterrado

Pai das gêmeas diz não lembrar de ter cometido crime

O corpo da criança de 2 anos de idade que morreu depois de ser abusada sexualmente e agredida em Vera Cruz, na Ilha de Itaparica, foi enterrado na tarde desta quinta-feira (7), no cemitério Quinta dos Lázaros. A mãe das meninas, Eliene Santos Santana, que estava presa por tráfico de drogas, recebeu um alvará com liberdade provisória e compareceu ao enterro. A irmã mais velha das gêmeas, de 10 anos, também estava no cemitério. A irmã gêmea da menina, que também sobreu abusos, passa bem e está aos cuidados da avó. Antes, a criança sobrevivente passou pela Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Vera Cruz e por exame de corpo delito no Instituto Médico Legal (IML) de Salvador. O pai das gêmeas, o ex-presidiário Fábio Santos Miranda, 30 anos, foi preso pelo crime pela 24ª Delegacia (Vera Cruz) e depois tranferido para a 5ª Delegacia, em Salvador. Segundo a Polícia Civil, ele disse que bebeu muito no dia e não lembra de ter cometido o crime, embora tenha confessado que batia nas meninas porque elas eram "desobedientes". O crime aconteceu na terça-feira e Fábio foi preso no mesmo dia. "Um bicho" - O crime provocou a revolta da população do distrito e comoveu o delegado: “Ele é muito frio, parece que não fez nada. É um bicho mesmo. Não demonstra nenhum arrependimento. Neste tempo na polícia, eu já vi rosto desfigurado, coisas absurdas, corpos em estado avançado de decomposição, mas nunca vi um negócio desse. Esta situação me surpreendeu”. Fábio foi autuado em flagrante por homicídio, estupro de vulnerável, lesão corporal e tortura. Ele, que também responde a dois processos por roubo e tem passagem pela polícia por receptação, já cumpriu pena por roubo durante dois anos no Presídio de Serrinha.