O corpo de Gilmar Gomes de Lima, 41 anos, motorista da empresa de ônibus Vitral que foi assassinado na manhã de ontem (8), foi sepultado por volta das 15h15 desta quinta-feira (9) no Cemitério Quinta dos Lázaros, na Baixa de Quintas. O caixão com o corpo do motorista foi carregado por colegas, amigos e familiares desde a Avenida Bonocô até o cemitério. Em protesto contra a morte de Gilmar, eles ocuparam todas as faixas das vias por onde passaram, provocando lentidão no trânsito de diversos pontos da capital baiana na tarde de hoje. Gilmar foi baleado no peito por dois homens em uma moto quando se deslocava para o trabalho na Ladeira da Paz, no bairro de Cosme de Farias. Segundo familiares, ele costumava pegar o ônibus no ponto em frente à loja Insinuante, na Avenida Bonocô. Mas o corpo foi encontrado cerca de 700 metros depois do ponto. Casado há 20 anos e pai de dois filhos, de 9 e 10 anos, Gilmar era motorista há 12 anos. As circunstâncias do crime ainda não foram esclarecidas. De acordo com Márcio Alan, delegado do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), ainda não foi possível identificar o que motivou o crime. As informações iniciais indicam que Gilmar foi baleado por dois homens e teve a carteira roubada. Protesto A insegurança nas ruas próximas a uma das principais avenidas de Salvador, a Mário Leal Ferreira (Bonocô), causou a revolta de cerca de 100 moradores da Baixa da Paz, em Cosme de Farias, na manhã de ontem. Depois da morte de Gilmar, eles queimaram pneus, madeira e papelões e fecharam o trânsito. Por volta das 10h , os dois sentidos da avenida foram bloqueados, o que durou cerca de 20 minutos. Com isso, a lentidão atingiu a avenida Paralela. Os bombeiros chegaram ao local, mas só conseguiram conter o fogo após negociação da Polícia Militar com os moradores. “Na hora que a gente precisa de polícia, não aparece. Um pai de família saindo para trabalhar é morto. A vida hoje não vale mais nada”, disse a doméstica Anaildes Oliveira, 58, vizinha de Gilmar. De acordo com os manifestantes, os assaltos costumam ocorrer com mais frequência no início da manhã, quando a maioria dos moradores sai para trabalhar. “Aqui a gente fica com medo de sair. Os vagabundos ficam na passarela e isso causa uma revolta imensa”, reclamou a dona de casa Georgina Cunha, 52. A avenida só foi completamente liberada no final da manhã. As informações são do Correio
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