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SALVADOR

Cortejo Afro desfila na Barra-Ondina e critica a invisibilidade no Carnaval

Uma grande bandeira com a palavra “Invisibilidade”, traduzida em oito idiomas, abriu o desfile do bloco afro, no domingo (19)

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20/02/2012 às 10:10 • Atualizada em 03/09/2022 às 7:31 - há XX semanas
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Ala de percussionistas trajando burcas em protesto à falta de visibilidade social e no Carnaval
Depois de fazer um dos desfiles mais críticos e elogiados da noite de sábado (18), na Avenida, o Cortejo Afro de Alberto Pita, levou toda sua elegância e inventividade para a o circuito Dodô, na madrugada deste domingo(19). O bloco volta a se apresentar nesta segunda-feira (20), a partir da meia noite no Circuito Dodô Com o tema 'Outras Palavras', o bloco homenageou o cantor e compositor Caetano Veloso. “É uma justa homenagem a Caetano, por outro lado, é uma metáfora para falar de arte, preconceito, racismo e visibilidade”, diz Alberto Pitta, diretor e criador do Cortejo Afro. Homenagem às matriarcas
Senhoras prestam homenagens à oxum - orixá que reina sobre a água doce dos rios, o amor, a intimidade, a beleza, a riqueza e a diplomacia
O primeiro carro foi inspirado no terreiro de Mãe Santinha, 86 anos, mãe de Pitta, que desfilou sentada em posição de destaque no carro, como se estivesse em seu próprio terreiro. Logo após, senhoras desfilaram vestidas de oxum, seguidas por uma ala de baianas, composta por mulheres de diversas gerações. Dona Ana Souza, de 67 anos é uma delas. Acompanhada de suas filhas e netas, disse: “É uma paixão muito grande pelo cortejo, eu estou junto com a minha família há três anos nos desfiles”.
Ala de baianas com as cores de Iemanjá - a Rainha do mar
Protesto no CarnavalAs vestimentas dos bailarinos e percussionistas chamaram atenção. Segundo o coreógrafo Silva Tavas, as roupas foram inspiradas nas burcas, trajes mulçumanos das mulheres que cobrem todo o corpo, até o rosto e os olhos. “Essa foi a forma que o bloco usou para protestar contra a invisibilidade que a grande mídia televisiva dá ao Cortejo Afro”, afirma.
O artista plástico Jayme Figura desfilou em destaque no Cortejo Afro
Jayme Figura, irreverente artista plástico enigmático morador do Centro Histórico da capital baiana, foi um dos destaques do majestoso cortejo. O Cortejo Afro faz parte do Carnaval Ouro Negro da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SECULT-BA).

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