Sabe aquela hora em que o bloco já está saindo, o artista já começou a cantar e os foliões já tiram o pé do chão? Essa é a hora em que o cambista vende abadá por até R$ 30. “Ou ele vende ou perde o dinheiro”, conta a estudante Jéssica Lino, sobre as suas estratégias para economizar no Carnaval de Salvador. O CORREIO listou dez dicas para quem quer sair no Carnaval, mas não está com dinheiro sobrando. A primeira delas é aproveitar a agonia do cambista para fechar um bom preço, recomenda Jéssica. A segunda dica, do professor da Unijorge e da Ufba e especialista em planejamento de curto e longo prazo e orçamento pessoal Antônio Costa, também é seguida por Jéssica: tem que se alimentar antes de sair de casa, para não pagar caro fora. “Só como em casa. Não tem por que comer na rua”, conta a estudante. Além de fazer uma refeição antes de sair para a festa, Costa também recomenda que a pessoa já deixe algum prato pronto para quando voltar. “Cansado, ninguém vai querer fazer nada. Então, o melhor é já deixar pronto”, diz Costa. CLIQUE NA IMAGEM PARA AMPLIAR
Bebidas Como mora perto do circuito, Jéssica até isopor leva para não ter que comprar a cerveja na Barra. Mas, como nem todo mundo reside próximo da folia, Costa recomenda que as pessoas que vão tomar energético e uísque, por exemplo, levem seu cantil. Esta é a terceira dica para não gastar muito atrás do trio com um dos itens mais dispendiosos: a bebida. Nas noites em que não leva a cerveja de casa, Jéssica diz que é possível beber bem e gastar R$ 30 em uma noite. “Tem três periguetes por R$ 5. Dá para beber um bocado”, entrega. Pelas contas da estudante, são 18 latinhas, ou 4,8 litros. A quarta e quinta dicas são voltadas para o transporte até a festa. Se for pegar táxi, a estratégia é formar um grupo de de quatro pessoas (para completar a lotação), dividir o valor da corrida e procurar um taxista que já seja conhecido e, se possível, negociar um preço com ele antes da festa. “Nesses casos, tem que se planejar mesmo”, pontua Costa. Para quem não abre mão do carro, Costa diz que é preciso que tenha o seguro, já que nessa época acontecem muitos roubos e furtos. Também é recomendável formar um grupo grande e dividir os custos de combustível e estacionamento. “O motorista solidário é a melhor forma de dissolver os custos”, alerta. A sexta dica vem do motorista Ivonildo Araújo. Ele conta que entre a despesa do transporte e da bebida, gasta cerca de R$ 140 em um dia. “Para não gastar com dois táxis, venho mais cedo de ônibus (R$ 2,80) e só volto de táxi (R$ 40)”, comenta sobre os gastos com o transporte. Para não gastar mais do que pode, Araújo é direto: escolhe um dia que gosta mais e não sai nos outros. “Para a gente, basta ir na sexta-feira e sair no Nana com a Timbalada”, pontua. Escolher os dias de acordo com os preços ofertados também é uma boa estratégia de economia. Costa conta que, na quinta e na sexta, como algumas pessoas ainda estão trabalhando e os turistas ainda não chegaram na cidade, os preços são mais convidativos. “Vai sair mais barato, o Carnaval parece mais democrático e a quantidade de pessoas nas ruas ainda não é tão grande”, enumera as vantagens. Essa é a sétima dica do especialista. O bloco Nana Banana, vendido na Central do Carnaval, é um bom exemplo dessa estratégia: sai na quinta por R$ 350 (Timbalada), na sexta por R$ 690 (Chiclete com Banana) e no sábado por R$ 840 (também com Chiclete). Considerando a mesma atração, o sábado sai 21% mais caro. Também é possível encontrar camarotes por R$ 12 mensais e blocos por R$ 10 (ambos em dez vezes sem juros). Na pipoca A oitava sugestão do professor Costa faz o folião economizar com um dos itens mais caros: o abadá. Ele lembra que, a cada ano, mais artistas dedicam um dia para puxar pipoca. Dois exemplos são o Chiclete com Banana, que sai na quinta-feira no Campo Grande, e a banda Eva, que sai na terça também no Campo Grande (confira a programação na página ao lado). “Tem muitas opções de trios independentes e tudo isso é custo zero”. Vale lembrar do circuito Batatinha (Pelourinho) e das bandas na Praça Castro Alves. A nona dica é escolher outras opções de lazer, como praias, cineminha, e não ir para a folia todos os dias. Por fim, Costa lembra do seu próprio exemplo, quando, para curtir o Carnaval, procurava um trabalho no circuito. “Eu trabalhava como gerente de uma sorveteria na Barra. Via as atrações, podia curtir aquela alegria e ainda ganhava dinheiro”, recorda. Veja também Guia de Blocos: saiba quanto custa sair atrás do trio elétrico das grandes estrelas Guia de Camarotes: conheça os espaços mais requintados do Carnaval de Salvador Confira alguns blocos e camarotes mais em conta Bloco Pra Ficar: por R$ 100, no sábado, na Barra, com Psirico. Pode ser parcelado em dez prestações de R$ 10 mensais. Vendas na Central. Bloco Papa: por R$ 150, no domingo ou na segunda-feira, na Avenida, com Babado Novo. Pode ser pago em dez prestações de R$ 15, cada. Se o folião comprar os dois dias, em vez de R$ 300, os abadás saem por R$ 240. Vendas na Central. Bloco Banana Coral: por R$ 160, na sexta ou no sábado, na Barra, com a banda oito7nove4. Pode ser pago em dez prestações de R$ 16 mensais. Vendas na Central. Me Ama: por R$ 150, na terça-feira, com André Lellis. Vendas na Axé Mix. Camarote do Farol: por R$ 120, na quinta-feira, e pode ser parcelado em oito vezes de R$ 33,75. O camarote não é open bar. Está localizado há 500 metros do Farol da Barra, de frente para o mar, e um mirante com cobertura fixa. Numa área com 600m², o camarote tem dois níveis de piso, boate com DJ e bandas todos os dias. Os foliões podem desfrutar da estrutura, com praça de alimentação, lounge e banheiros climatizados. Vendas na Axé Mix. Camarote Via Folia: por R$ 130, na quinta-feira, e pode ser parcelado em dez vezes de R$ 13. O Camarote Via Folia ainda lançou Casadinha (2 acessos para o mesmo dia) para quinta, sexta, domingo e terça, concedendo 10% de desconto nesses casos. Em vez de pagar R$ 260, o casal pagará R$ 234. Vendas na Central do Carnaval. Camarote Axé Bahia: por R$ 150 (feminino) e R$ 190 (masculino), na quinta-feira, e pode ser parcelado em dez vezes de R$ 15. Um dos primeiros camarotes do Circuito Osmar (Barra). Vendas na Central do Carnaval. Matéria original Correio 24h Dez dicas para curtir o Carnaval gastando R$ 30 por dia; veja as dicas
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