A distribuição de senhas para assistir ao júri popular da médica Kátia Vargas começou com uma fila longa na manhã desta sexta-feira (1º), em frente ao Fórum das Famílias, em Nazaré (ao lado do Fórum Ruy Barbosa). A distribuição das senhas estava marcada para começar apenas às 8h, mas cerca de 300 pessoas já formavam uma fila no local desde a noite de ontem. A fila chegou a atingir a rua da Independência, a cerca de 500 metros da entrada do fórum. Acompanhe:
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A mãe dos irmãos, Marinúbia Gomes, chegou ao local por volta de 2h30, acompanhada de um advogado, mas permanece dentro do carro da família, estacionado em frente ao local. Ela chegou a cumprimentar as pessoas na fila, logo quando chegou. Pessoas que falaram com ela afirmaram que ela chegou e deu boa noite a quem já estava na fila. O número de senhas foi reduzido para 250. No total, há 452 lugares para o público. A família da acusada e dos irmãos mortos têm direito a cotas de acesso.
Kátia Vargas é acusada de atropelar e matar os irmãos Emanuel e Emanuelle Gomes Dias, então com 21 e 23 anos, no dia 11 de outubro de 2013, em frente ao Bahia Othon Palace, na Avenida Oceânica, em Salvador.
Conforme a psicóloga e amiga da família dos irmãos, Maria do Carmo dos Santos, 46, Marinúbia foi orientada por advogados a não se expor mais, nem dar entrevistas. "Espero que seja feita a justiça. É um caso acompanhado por todo país, ela não deveria ter conseguido esperar o julgamento em liberdade. Para a família, é algo extenso e desgastante. A Mari [mãe dos irmãos] está bem clinicamente. Mas em casa, ela tem lembrança por todos os cantos. É difícil", disse Maria, que chegou ao local acompanhando Marinubia.
Esquema especial
Um esquema especial está sendo montado para o julgamento da médica. Por conta da comoção que o caso gerou, haverá reforço no policiamento, para evitar confusões, e a presença de médicos de plantão.
No dia do júri, a expectativa do TJ-BA é de que todos os lugares na plateia estejam ocupados. Além da plateia, há assentos específicos para a juíza, para o Ministério Público, para a defesa, os jurados e para a ré.
De acordo com a juíza Gelzi Maria Souza, a mesma quantidade de senhas foi reservada tanto para a família da médica Kátia Vargas quanto para a família dos irmãos Emanuel e Emanuelle: nove para cada.
“A gente tem procurado a lisura do julgamento e a igualdade entre as partes”, explicou a juíza, durante o encontro com jornalistas na quarta-feira (29).
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Redação iBahia
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