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SALVADOR

Dois dedos de prosa com Fernando Guerreiro: Diretor fala sobre espetáculo "Camila Baker"

"Acho o texto da montagem muito inteligente e o Emílio um dramaturgo espetacular", revela Guerreiro

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18/07/2011 às 12:23 • Atualizada em 29/08/2022 às 15:12 - há XX semanas
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Segundo Guerreiro, a personagem Camila Baker é um mosaico de várias atrizes reais
Camila Baker é uma atriz decadente e sem talento que faz de tudo para permanecer na mídia. Você conhece alguma artista assim? Com certeza vários nomes virão a sua mente e Camila é um deles. Mas Camila não é real. A personagem do dramaturgo Emílio Boechat ficou conhecida em 1999, quando foi levada aos palcos paulistas pelo premiado diretor baiano Fernando Guerreiro, e até hoje serve como referência para o insucesso de algumas mulheres do meio artístico.
Há algum tempo Guerreiro queria trazer a montagem para Salvador
Apesar de todo o sucesso de público e crítica o espetáculo, com direção baiana, não chegou a sair de São Paulo. Há algum tempo Guerreio nutria o desejo de trazer a montagem para Salvador. "Acho o texto muito inteligente e o Emílio um dramaturgo espetacular. O baiano tem que conhecer os textos do Emílio", revelou o diretor em conversa com o iBahia. Prestes a estrear o espetáculo no Teatro Castro Alves, Guerreiro não sabe se "Camila Baker" será levado para outras cidades brasileiras: "Ainda não temos nada definido. Por enquanto, ficaremos apenas aqui em Salvador, mas isso também depende da repercussão". Confira o bate-papo na íntegra! iBahia - Por que remontar Camila Baker?Na verdade, porque Camila Baker nunca veio para Salvador. Nas outras duas temporadas o espetáculo ficou em São Paulo, mas eu sempre quis trazê-lo para Salvador. Acho o texto muito inteligente e o Emílio um dramaturgo espetacular. O baiano tem que conhecer os textos do Emílio. iBahia - Há muitas mudanças no texto da peça?Inevitavelmente acabamos mudando muita coisa, sim. Primeiro por ser na Bahia. Colocamos alguns "cacos", algumas gírias e expressões típicas. Segundo que, cada vez que vamos remontar, sentimos a necessidade de mudança. O texto foi modificado diversas vezes. Já temos nove versões. Na última, tiramos uma cena e acrescentamos outra no final.iBahia - Por que colocar homens interpretando mulheres? Olhe, eu acho que isso acaba sendo uma marca do humor, da comédia besteirol. O elenco é masculino, mas eles não interpretam apenas mulheres, são vários personagens diferentes. E eu acho muito mais engraçado o homem interpretando mulher do que a mulher interpretando o homem. Na Cia. Baiana de Patifaria trabalhei muito com esse tipo de situação e em todas as vezes deu certo. O público gosta dessa inversão.
O elenco masculino é diferencial para o humor do espetáculo
iBahia - Você conhece alguma Camila Baker da vida real?Acho que Camila é a junção de várias atrizes. Ela é um mosaico de diversas artistas do mundo inteiro. No Facebook, inclusive, compararam a personagem a Suzana Vieira. Eu não concordo porque a Camila é uma péssima atriz e eu não acho que a Suzana seja. iBahia - Depois da temporada em Salvador, você vai levar o espetáculo para outros locais?Ainda não temos nada definido. Por enquanto, ficaremos apenas aqui em Salvador, mas isso também depende da repercussão dessa temporada do espetáculo. Serviço"Camila Baker, uma comédia estranha" Local: Sala do Coro do Teatro Castro Alves Temporada: De 22 de julho até 28 de agosto, de quinta-feira a domingo Horário: Às 20 horas, até 28 de agosto de 2011 Valor: Quinta e sexta-feira R$30 (inteira) e sábado e domingo R$40 (inteira) Mais informações: (71) 3535-0600

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