As cerca de 80 mil doses da vacina contra o vírus H1N1, previstas para chegar nesta quinta-feira (28) para abastecer Salvador, já estão na central estadual de distribuição, em Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador. Mas as doses só deverão chegar aos postos de saúde nesta sexta-feira (29), quando a vacinação será retomada. Nesta quinta-feira, não há doses disponíveis em nenhuma das unidades de saúde da capital.
“A maior probabilidade de as doses chegarem aos postos é amanhã de manhã. Isso nos dá condições de abastecer as 116 salas de vacinação de Salvador, porque apesar de as doses já terem chegado, o estado recebe um lote muito grande e tem que distribuir para todas as cidades, então a gente não sabe que horas as doses vão estar com a gente”, explica a coordenadora de Imunizações de Salvador, Doiane Lemos.
Foto: Marina Silva / CORREIO |
O Dia D de vacinação nacional, marcado para o próximo sábado (30), foi cancelado em Salvador e também na cidade de Barreiras, no Extremo-Oeste. Segundo a coordenadora de Imunizações, as 80 mil doses não são suficientes para o dia D, que amplia de duas a três vezes os postos de vacinação, e ainda para a semana seguinte.
“A expectativa é de remessas semanais das vacinas, mas a gente não tem uma ideia de que dia exatamente vai chegar a próxima remessa”, afirma. A prefeitura de Salvador, no entanto, não descartar fazer um dia D em outro momento, para alcançar a população que não consegue ir aos postos nos dias úteis. A campanha segue até o dia 30 de maio.
Até a manhã desta quinta-feira, Salvador já havia registrado mais de 287 mil doses da vacina aplicadas. É um número recorde, que corresponde a cerca de 46% do total do público alvo na capital. Dados do Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (Sipni), do Ministério da Saúde, mostram que Salvador registrou 213.114 doses até à 01:07 desta quinta-feira. Os idosos foram os que mais se vacinaram (103.046), seguidos das crianças (65.510).
Pressão
A meta do Ministério da Saúde é que as cidades vacinem 80% da população de idosos a partir de 60 anos, crianças de seis meses a menores de cinco anos, trabalhadores em saúde, mulheres grávidas ou puérperas – até 45 dias após o parto –, povos indígenas, portadores de doenças crônicas, população privada de liberdade, funcionários do sistema prisional e jovens e adolescentes de 12 a 21 anos sob medidas socioeducativas.
No entanto, de acordo com Doiane Lemos, os profissionais de saúde têm sido pressionados nas unidades de saúde para vacinar pessoas fora dos grupos prioritários. “Os profissionais de saúde têm sido pressionados pela população de diversas formas e de todos os lados. Tem muita gente que não está dentro dos grupos prioritários querendo ser vacinada ou pais que levam crianças com cinco anos completos”, afirma.
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