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SALVADOR

"Ela arrancou meu filho de minha mão para matar"

Gabriel dos Santos Rosário Bonfim, 1 ano, foi queimado pela namorada da mãe

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Redação iBahia

27/01/2017 às 13:10 • Atualizada em 31/08/2022 às 19:27 - há XX semanas
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A família do bebê Gabriel dos Santos Rosário Bonfim, 1 ano, morto carbonizado dentro de casa em Periperi, acredita que morte dele foi premeditada por Ana Cristina Menezes Lima, 48 anos. Ela é namorada da mãe da criança, Maraísa Santos do Rosário, 31 anos, e, segundo familiares, ela era violenta e já tinha feito ameaças.
Gabriel completou 1 ano em janeiro deste ano
(Foto: Reprodução)
Maraísa contou ao CORREIO nesta sexta-feira (27) que tudo começou na manhã de quinta-feira (26), quando ela conversava com um amigo. Por ser ciumenta, Ana Cristina viu a cena e chutou a companheira. Após a agressão, a mãe de Gabriel foi até a 5ª Delegacia (Periperi) para denunciar mais um caso de violência sofrido pela companheira.
Ao sair da delegacia, ela resolveu parar na casa de uma tia. Maraísa estava com o bebê no colo quando a namorada invadiu a casa e tomou a criança de suas mãos. "De manhã ela me bateu e aí eu fui na 5ª Delegacia registrar queixa. Fui pra casa de uma tia com Gabriel, quando de repente essa mulher apareceu, mostrei a ocorrência a ela, que viu e ficou possessa, me deu duas garrafadas, pegou o menino pelos meus braços e saiu correndo. Ela arrancou meu filho de minha mão para matar", disse.
A mãe da criança ainda tentou salvar o filho, mas não conseguiu. "Ela levou o menino e saiu correndo, mas eu nunca achei que ela faria nada com Gabriel, porque a gente criava ele com muito carinho. Depois já encontrei com ela dizendo 'eu matei seu filho, eu matei seu filho'", lembrou a mãe, emocionada.
Ana Cristina colocou Gabriel no colchão e ateou fogo. Ainda segundo Maraísa, os filhos mais velhos dela - que não estavam na casa no momento do incêndio - tentaram salvar Gabriel, mas não conseguiram entrar no imóvel, porque Ana Cristina tinha colocado cadeado nos portões. Somente quando o Corpo de Bombeiros chegou, o acesso foi aberto, mas o bebê já tinha sido carbonizado.
Avô da criança, o soldador Domingos do Rosário, 58 anos, diz que ela pensou em tudo e por isso trancou o portão para impedir que a criança fosse socorrida. "Ela calculou tudo", afirmou.
Domingos disse ainda que os vizinhos tentaram linchar Ana Cristina, mas ele preferiu impedir a ação. "Segurei ela para que ela não fugisse, mas não queria que linchassem. Uma coisa não compensa outra", afirmou. Ana Cristina foi presa em flagrante e será apresentada pela polícia nesta sexta-feira (27).
Brigas
Maraísa e Ana Cristina viviam juntas há cerca de sete anos. Usuárias de drogas, ela tinham um relacionamento conturbado, com brigas e agressões. Maraísa contou ao CORREIO que ela e a companheira são pedintes de rua, tendo como renda fixa apenas o benefício do Bolsa Família. Ela afirmou que já havia registrado outras denúncias de agressões da companheira.
Ela conta, ainda, que já tinha tentado se separar outras vezes, mas gostava da companheira e por isso mantinha a relação. Avó de Gabriel, Domingos cria dois filhos de Maraísa. "Crio desde que eram bebês, ela criava Gabriel e outros três são criados pelo pai", afirmou. O pai de Gabriel, de acordo com Maraísa, trabalha como feirante em Periperi e não tem outros filhos.
Gabriel completou 1 ano em janeiro deste ano
(Foto: Reprodução)
Além do casal e de Gabriel, moravam na casa dois filhos de Ana Cristina, um de 12 anos e uma menina de 14 anos. O pai de Maraísa disse ainda que tentou aconselhar a filha para que terminasse a relação. "Só se confirmou o que eu imaginava", disse. Segundo a família, Ana Cristina tem passagens por tráfico de drogas e homicídios.

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