Os servidores da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia, que começou no dia 17 de julho, realizam um protesto na frente do Hospital Roberto Santos na manhã desta terça-feira (28). Cerca de 200 servidores realizam um ato na entrada da unidade médica, localizada no bairro do Cabula, desde às 8h. "Nós estamos esperando que o governo nos convide para uma nova negociação. Estamos dispostos a isso, quem manteve a intransigência é o governo", disse o presidência do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estado da Bahia (Sindsaúde), Sílvio Roberto Silva, em entrevista ao CORREIO.
Ao todo, a categoria representa 26 mil trabalhadores em toda a Bahia. Destes, somente os médicos não estão paralisados. No entanto, o sindicato afirma que os servidores também apoiam o movimento. O grupo está reunido na frente do Hospital Roberto Santos nesta terça-feira (28) porque tentava se encontrar com o secretário de Saúde Fábio Villas-Boas.Segundo a diretora da Sindsaúde, Inalba Fontelle, o secretário tinha marcado hoje um encontro para apresentar um projeto de revitalização da área externa do hospital aos servidores estaduais. O projeto prevê a construção de uma praça de alimentação no local, assim como a mudança das vias de acesso à unidade médica. No entanto, até às 10h desta terça, o secretário Villas-Boas não tinha comparecido. Entenda o caso Ao todo, 30% da categoria segue trabalhando desde o dia 17 de julho. A greve foi considerada ilegal pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) no dia 19 de julho. A decisão foi recebida com surpresa pelos trabalhadores. Em nota, o Governo da Bahia afirma que o TJ-BA entendeu que não era válido o principal argumento do sindicato para a deflagração da greve - o corte do adicional de insalubridade.
"Mais de 1,5 mil servidores recebiam em desconformidade com os critérios estabelecidos na legislação, ação esta, tomada com o objetivo de atender orientações dos órgãos de controle", diz o texto. No parecer, o Tribunal de Justiça manifesta-se favorável ao término da paralisação em razão da essencialidade dos serviços de saúde e os graves prejuízos acarretados para a população. Com descumprimento da decisão judicial, será cobrada uma multa diária de R$ 50 mil. "Estamos permitindo que os serviços realmente essenciais estejam garantidos. Não estamos fazendo uma greve a portas fechadas, trancadas com cadeados. Com responsabilidade, continuamos prestando a assistência necessária aos casos urgentes e informando o que é necessário à população", explicou Inalba Cristina Fontelle, diretora do Sindsaúde. "Apelamos ao poder Judiciário que se sensibilize com o nosso direito. Não houve nenhum aceno do governo para discutir de forma legal a questão da greve. O sindicato não tem recursos financeiros para arcar com essa multa diária de R$ 50 mil. Hoje é o segundo dia útil de greve, já que no final de semana mais de 70% das unidades não funcionam", avaliou Fontenelle na ocasião. *Com informações da repórter Amanda Palma
Em greve há 11 dias, servidores da Saúde fazem protesto em frente a hospital (Foto: Amanda Palma/CORREIO) |
Servidores da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia protestaram na região do Iguatemi, no dia 17 de julho, início da greve (Foto: Divulgação/ Sindisaúde) |
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