A dois dias do segundo turno das eleições presidenciais, o candidato do PT Fernando Haddad afirmou hoje (26), em Salvador, que o apoio explícito de Ciro Gomes, candidato do PDT derrotado no primeiro turno, pode alavancar sua candidatura em até quatro pontos percentuais. "A gente vai ganhar uns 3 a 4 pontos com o apoio do Ciro."
Ciro Gomes embarcou para a Europa logo após o primeiro turno e a previsão é de que ele desembarque hoje à noite em Fortaleza. Antes de viajar, ele afirmou que não votaria em Bolsonaro. O PDT defendeu o "apoio crítico" a Haddad.
Pesquisa do Instituto Datafolha, divulgada ontem (25), mostrou o candidato Jair Bolsonaro (PSL) com 56% dos votos válidos enquanto Haddad aparece com 44%. A diferença diminuiu seis pontos percentuais em relação ao levantamento anterior.
Salvador
Nesta sexta-feira Haddad fez uma caminhada no bairro de Ondina, acompanhado por simpatizantes e correligionários. Ele recebeu apoio de mestres de capoeira, líderes religiosos do candomblé e integrantes do movimento negro da Bahia pela democracia.
Visualizar esta foto no Instagram.Uma publicação compartilhada por Daniela Mercury (@danielamercury) em 26 de Out, 2018 às 3:10 PDT
O ato político contou ainda com a participação do governador da Bahia reeleito no primeiro turno, Rui Costa (PT), e do senador eleito Jaques Wagner (PT-BA). Para Wagner, as pesquisas mostram que a onda a favor do adversário Bolsonaro se esgotou.
Tendência de virada
Haddad também afirmou que está ocorrendo uma "grande reviravolta" na eleição desse ano com a reversão da intenção de votos em colégios eleitorais importantes, como a cidade de São Paulo, onde foi prefeito entre 2013 e 2016. Em seguida, ele disparou contra Bolsonaro, dizendo que sua eleição significaria "um atraso de 500 anos" para o país, e que as pessoas estão percebendo isso. "O povo descobriu que ele mente e que ele foge. Ninguém gosta de homem frouxo e mentiroso."
O candidato afirmou que o objetivo é conseguir, no segundo turno, 70% dos votos no estado, contra os cerca de 60% que ele obteve na primeira fase das eleições. "Esse movimento está acontecendo. Eu não sei quantos votos estão virando a cada dia. É raro a gente ver uma militância tão ampla, muita gente saindo de casa para não ver o mal maior. As pessoas que estão com banquinha no Rio de Janeiro conversando com as pessoas não são petistas, são democratas. Essa eleição virou um plebiscito entre democracia e barbárie", destacou.
A partir das 20h, Haddad participa de uma sabatina na TVE da Bahia, a última antes das eleições. No sábado, o petista deve passar o dia em São Paulo.
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Redação iBahia
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