O entregador Davi Lima Souza, de 21 anos, realizou uma denúncia à Polícia Civil, na quinta-feira (8), onde afirma ter sido agredido por seguranças do Shopping Barra, em Salvador. Segundo informações fornecidas pelo entregador em entrevista à TV Bahia, ele estava esperando que um pedido ficasse pronto em um restaurante do Shopping e, devido a demora, fez uma reclamação na cozinha do estabelecimento.
"Fiquei de 30 a 40 minutos esperando. Reclamei na cozinha e me pediram para esperar do lado de fora", conta Davi, que afirma ter feito uma segunda reclamação por conta de demora. Depois disso, Davi, que é entregador por aplicativo, notou que o pedido foi transferido para outro motoboy. Nesse contexto, ele fez uma terceira reclamação com um funcionário do estabelecimento, que alegou não ter feito a troca.
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Diante disso, Davi decidiu ir embora quando, segudo relata, viu um segurança do shopping o seguindo. O segurança pediu para que ele o seguisse a um canto do estabelecimento, pois queria conversar, ao passo que Davi se negou. "Eu disse que não ia e ele começou a puxar minha camisa e me deu um murro na cara", afirma Davi, que teve o dente partido por conta da agressão.
Em nota, o Shopping Barra afirmou que a equipe de segurança foi acionada para por um dos estabelecimentos devido a importunação por um dos entregadores por aplicativo que se exaltou com a atendente devido à demora para a saída do pedido.
"O rapaz já havia se envolvido em situação similar em outra ocasião e, devido à reincidência, foi conduzido a se retirar do local. o shopping barra reforça que não compactua com nenhum tipo de violência e está apurando os fatos ocorridos", afirma o estabelecimento.
A 14ª delegacia da Polícia Civil, localizada na Barra, afirmou que investiga a lesão corporal sofrida pelo entregador. Exames de lesão corporal foram solicitados e o autor da agressão será intimado.
O advogado da vítima, Sandro Reis, pontou em entrevista à TV Bahia que irá, juntamente com a vítima, utilizar todos os meios legais para salvaguardar o entregador. "Vamos buscar junto ao restaurante e ao shopping as responsabilidades civis diante dos danos ele [o entregador] sofreu, a humilhação que ele sofreu. Ele é um trabalhador, não é porque ele é negro que ele é bandido, ele é um trabalhador e nunca teve passagem pela polícia", enfatizou o advogado.
Redação iBahia
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