Com a volta às aulas, quem precisa passar todos os dias de manhã pela avenida Cardeal da Silva, no bairro da Federação, enfrenta um verdadeiro caos no trânsito, principalmente no sentido Centro. O motivo principal para o transtorno é uma grande fila de carros que se forma para entrar em uma escola no local.
Com cerca de 300 alunos por turno (matutino e vespertino), a escola particular Gurilândia não oferece estacionamento para atender a grande demanda de veículos e com isso, os pais que levam os estudantes acabam por ter que esperar por uma vaga, causando grande congestionamento na região. O engarrafamento que começa a se formar por volta das 7h, chega a alcançar o bairro do Rio Vermelho, provocando indignação dos condutores e pedestres que passam pelo local. Para o motorista de ônibus, Robson Lima, se trata de uma falta de respeito. "Cadê o respeito com os motoristas que passam por aqui? Todo dia é isso. Temos que ficar parados esperando os carros entrarem na escola para poder passar e ninguém resolve isso", ressaltou.
Já a empregada doméstica, Adelaide Costa, que estava dentro do coletivo, disse que teve que mudar o horário de trabalho por causa do engarrafamento diário. "Não tenho como sair mais cedo e só aqui para mais de 20 minutos. A única solução que achei foi mudar o horário para não chegar atrasada todo dia", disse. A equipe do iBahia foi até à escola na manhã desta quarta-feira (20) e foi informada que não havia ninguém para falar sobre o assunto. Em contato por telefone, o gerente administrativo Eduardo Araujo, tentou esclarecer a situação. "Não vemos que a escola é a principal contribuinte para os congestionamentos na região, mas claro que acontece", explicou. Um dos pais que aguardavam para estacionar na escola, que preferiu não se identificar, falou que todo ano é a mesma coisa, mas não vê uma solução. "Não tem jeito. Eu tenho que trazer minha filha e fico esperando. Não vou deixar ela descer no meio da rua". Já a empresária Erica Fernandes, prefere levar a pequena Vitória, de 6 anos, a pé. "Eu moro perto. Então, prefiro vir a pé, deixar ela aqui e depois ir para casa pegar o carro para ir ao trabalho, passando bem longe desse transtorno, se possível", disse. Questionado sobre alguma forma para solucionar o transtorno causado, o representante da escola informou que medidas já estão sendo tomadas. "Além do estacionamento interno da escola, estamos utilizando um outro espaço externo para os pais estacionarem. Fora isso, estamos ampliando as nossas estruturas para criar mais vagas e fluxo interno dentro da unidade", informou. Para tentar controlar o fluxo, dois agentes da Superintendência de Trânsito e Transporte do Salvador (Transalvador) trabalham no local nos dias de funcionamento da escola, mas não quiseram falar sobre o assunto. "Me mandam vim para cá. Chego aqui e faço meu trabalho. Só isso", explicou um deles. O iBahia entrou em contato com a assessoria do órgão para mais informações, mas não obteve retorno do responsável sobre o assunto.
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