O auxiliar de enfermagem Jairo Souza, 32 anos, está de emprego novo desde o início do ano e já determinou: “Chega de gastar. Vou procurar me informar melhor em 2013 para saber onde investir o dinheiro que eu conseguir guardar do meu salário”. Especialistas em investimento indicam que o panorama atual é desfavorável para os investidores com perfil mais conservador. “O cenário tem mudado desde o ano passado. O Brasil sempre foi um país marcado por ter juros altos e agora temos acompanhado fortes quedas nessas taxas. Isso significa rentabilidade menor nos investimentos tradicionais de renda fixa, como a poupança e o CDB”, explica o analista da empresa FuturaInvest Alan Oliveira. Segundo ele, é hora do investidor buscar novas alternativas. “Não se vê mais a rentabilidade acima de dois dígitos nessas aplicações, que só têm rendido entre 5% e 6% ao ano, com a taxa Selic em 7,25%”, sustenta. Outras opções para o pequeno investidor, que pretende aplicar até R$ 20 mil, são os títulos públicos (dívidas do governo) e fundos de investimento com renda atrelada à inflação. No ano passado, os títulos públicos tiveram rendimento entre 15% e 20%, enquanto alguns dos fundos de investimento atrelados à inflação chegaram a superar os 30%. Para contratá-los, é necessário procurar um banco ou corretora. Custos No entanto, é importante lembrar que, diferentemente da poupança, os fundos de investimento e títulos públicos possuem taxas de administração que variam entre 1% e 5% sobre o rendimento, além de descontos do Imposto de Renda. “O ideal é deixar render por pelo menos dois anos, pois a incidência do IR diminui”, sugere o analista da FuturaInvest. Outra boa opção no momento para o pequeno investidor são os fundos imobiliários, também contratados através de bancos ou corretoras. “Nesse momento, os fundos imobiliários são um excelente negócio, porque o imóvel ainda é algo muito procurado pela classe média brasileira”, indica o professor Gustavo Casseb, coordenador do curso de Economia da Unifacs. “É preciso ficar alerta, no entanto, porque não estamos mais no mesmo ritmo do boom imobiliário de 2010 e não se sabe até quando o mercado continuará valorizando”, diz. É possível comprar cotas de fundos imobiliários a partir de R$ 100. Segundo a FuturaInvest, o rendimento anual médio dos fundos imobiliário superou os 10% no ano passado. Já para o investidor que possui mais de R$ 20 mil e está disposto a correr maiores riscos, a sugestão dos especialista é diversificar o portfólio de investimento entre opções de renda fixa e de renda variável. Segundo Oliveira, da FuturaInvest, chegou a vez de apostar nas empresas com menor valor de mercado na Bovespa, as chamadas small caps. “Entre 2000 e 2010, as grandes empresas de setores como petrolífero, financeiro e siderúrgico tiveram destaque. Agora é a vez das empresas menores, as small caps, que estão com grande desempenho na Bolsa”, sugere. De acordo com ele, outro setor que promete continuar tendo destaque no mercado de ações é o comércio varejista, graças ao estímulo do consumo, que está em alta, devido ao baixo desemprego e renda crescente. Poupança Apesar da diminuição do rendimento, alguns especialistas ressaltam os pontos positivos da poupança e continuam acreditando que é o melhor tipo de aplicação para o pequeno investidor. “A renda fixa não é para ninguém ficar rico. Ela vale a pena pela facilidade de poder colocar e tirar o dinheiro na hora que você quiser”, considera Luis Carlos Ewald, especialista também conhecido como Senhor Dinheiro. Casseb, da Unifacs, endossa a tese. “Infelizmente, o pequeno investidor vai amargar um retorno muito menor, mas é a melhor opção”, diz. “Pelo menos ele vai estar livre de impostos e taxas”, completa. Matéria original do Correio Especialistas indicam melhores opções de investimento para 2013
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