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De acordo com a assessoria da polícia, testemunhas relataram que o homem da moto já aguardava a chegada do professor. A versão confirma o relato do líder comunitário Domingos Moreira. “O que nos foi relatado é que havia um homem sentado, esperando ele chegar. Aí abordou ele e atirou. Para mim, como não roubaram nada, eu acho que pode ter sido execução”, disse. Apesar dessa versão, os pais da vítima afirmam que o filho era uma pessoa boa e não tinha desavença com ninguém. “Ele era uma boa pessoa, era uma pessoa muito amigável, muito amigo, muito querido”, descreveu o pai de George, o técnico Manoel Nascimento. “Para ele não tinha nada de ruim. Ele já tinha sido assaltado outras vezes e sabia que não iria reagir”, completou o pai.
O crime será investigado pelo delegado titular da 3ª Delegacia de Homicídios (DH/BTS), Guilherme Machado.
Choque A mãe de George, ao chegar ao local do crime, quase não conseguia falar. “Eu não tenho palavras, é preciso ter muita fé em Deus para conseguir segurar nesse momento”, disse.
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Moradores acompanham o trabalho de perícia da polícia no local do crime. Muito querido, George estava casado havia cinco meses (Foto: Mauro Akinm Nassor) |
Durante a perícia, Cristina ficou abalada, mas ainda assim acompanhou todo o trabalho. “É meu filho, eu não quero sair daqui”, respondeu quando um familiar tentou afastá-la da fita de isolamento. À tarde, no IML, Cristina contou que George trabalhava como instrutor em outra academia e dava aula em duas escolas, uma delas em Boa Vista do São Caetano. Morador da Capelinha desde a infância, George se mudou há pouco tempo para o Barbalho, depois que se casou com a enfermeira Aline Morais. Segundo a sogra, os dois namoravam há nove anos e se casaram há cinco meses. Ela esteve ontem no local do crime, mas a família preferiu afastá-la da situação.
Aos prantos, a esposa não acreditava no que havia acontecido “Meu marido... Como vou viver sem ele? Eu acabei de casar!”, disse, enquanto era amparada por familiares.
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Mãe de George (ao fundo) se desespera ao ver o corpo do filho na rua (Foto: Mauro Akin Nassor) |
A primeira aula de ontem seria de hidroginástica, com uma turma de idosos. George dava aulas nessa academia três vezes por semana. Amigos e moradores da rua ficaram atônitos com a situação. “É mesmo o professor George? Eu não acredito! Meu Deus, ele era o meu professor, meu Deus, que mundo é esse?”, questionou uma idosa, que preferiu não se identificar.
O corpo deverá ser sepultado hoje de manhã. O local não foi definido.
* colaborou: Edvan Lessa Matéria original do Correio
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