Após o assalto de uma funcionária na Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia(Ufba), nesta quarta-feira(30), estudantes e funcionários reclama da falta de segurança no campus.“Aqui tem que estacionar e sair rápido do carro”, contou Sidney dos Santos, 45, o vigia da Faculdade, localizada na Rua da paz, no bairro da Graça.
Estudante do sexto semestre de Direito, Ingrid Bispo, 19 anos, já presenciou um assalto no ponto de ônibus localizado em frente à Faculdade de Administração, no Canela. “Passaram de moto e roubaram todo mundo. Não fico mais nesse ponto. Espero o ônibus perto da entrada, onde ficam os seguranças, porque assaltos são comuns lá”, disse Ingrid.Segundo relatos, alguns alunos costumam ser observados dentro da universidade,seguidos e assaltados. Integrante do centro Acadêmicos de Direito, Tâmara de Azevedo, 25, diz ser a favor de policiamento dentro da instituição, que por ser uma área federal não tem a entrada da Polícia Militar permitida para a realização de rondas.“O certo seria uma polícia universitária, mas como não existe, não sou contra a entrada da polícia. Sou a favor da minha segurança”, disse a estudante do sétimo semestre.Para Marcos Vinícius, 34, os crimes dentro da Ufba estão inseridos no contexto de violência da cidade. “É um problema de segurança pública, afirmou ele.
O diretor da Faculdade, Celso Castro, também acredita que o a falta de segurança reflete uma situação pública atual. “Sou descrente das medidas individuais porque são paliativas. Não se resolve só colocando polícia, mas trabalhando a base da sociedade”, disse ele.Segundo Castro, a instituição realizou uma reunião com o major Edmundo Assemany, da 11ª Companhia Independente de Polícia Militar(CIPM/Barra) para sugerir medidas preventivas.Entre as ações previstas estão o melhoramento da iluminação para o curso noturno e aumento do número de câmeras de segurança, além de uma parceria com a Associação de Moradores da Graça para trabalhar em um projeto de segurança.De acordo com o major Assemany, o policiamento das áreas próximas à Faculdade de Direito é realizado através de moto e viatura. “Uma viatura cuida do Vale do canela e dá atenção ao horário de pico de entrada e saída dos estudantes, às 7h, 12h, 18h e 20h”, informou o major.Ele ainda destaca a importância em prestar queixa dos roubos, já que o número de registros de ocorrência na área da Faculdade de Direito é baixa. “Não tem como ter mancha criminal se os crimes não chegam ao nosso conhecimento. É de fundamental importância para policia ter esses dados”, afirmou Assemany.
Em 2014, estudantes de Direito espalharam placas contra violência pelo Campus (Foto:Marina Silva/Correio) |
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