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SALVADOR

Estudantes ficam sem fazer concurso do TJ-BA por falta de salas

Salas da Escola de Engenharia Eletromecânica não eram suficientes para receber todos os candidatos, que ficaram sem fazer prova

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18/08/2014 às 12:18 • Atualizada em 01/09/2022 às 16:41 - há XX semanas
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As provas do concurso para estágio no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), que estavam previstas para começar neste domingo (17), às 14h, foram canceladas por falta de salas para os candidatos. De acordo com o estudante de Direito, Caio Alfano, 26, a empresa encarregada de realizar o concurso, Metrópole Soluções, mudou o local de prova, um dia antes, para a Escola de Engenharia Eletromecânica, no bairro de Nazaré mas, chegando lá, as salas não eram suficientes para receber todos os candidatos. "Mais de 20 salas não existiam. Eu cheguei com meu cartão de prova, indicando que o local era na Escola de Engenharia Eletromecânica, mas as salas não existiam. Começaram a alocar o pessoal no pátio, dizendo que era para esperar, que iam conseguir sala. Deu 12h, nenhuma solução foi dada à gente", contou Caio. O estudante disse, ainda, que os candidatos que já estavam dentro das salas começaram a fazer a prova, enquanto mais de 200 ficaram do lado de fora esperando uma posição da empresa organizadora. Não havia nenhum representante do TJ-BA nem da organização do concurso no local.
"Deixaram a gente esperando, o colégio não tinha estrutura, o pessoal acabou sem fazer a prova. Foi o maior descaso com o estudante, desorganização total. Mais de 200 pessoas ficaram sem fazer a prova, enquanto quem estava dentro já estava fazendo. Começaram a gritar pro pessoal parar de fazer a prova". Alguns estudantes, revoltados, invadiram as salas e rasgaram as provas. O concurso foi cancelado na escola de engenharia, porém nos outros locais, como na Faculdade Estácio FIB e Instituto Federal da Bahia (Ifba), os candidatos fizeram as provas normalmente.
Ainda segundo Caio, ele fez o pagamento do concurso no último dia do prazo de inscrição (1º de agosto). Ele foi informado que o Banco do Brasil teve problemas em reconhecer pagamentos feitos nos dois últimos dias de inscrição, mas que não haveria problema na hora de fazer a prova. Ele recebeu o cartão de inscrição, um dia antes, indicando que faria a prova na escola de engenharia. Os candidatos de ensino médio, que fariam prova no Ifba, e alguns candidatos de nível superior foram realocados, sem aviso prévio, para a Escola de Engenharia Eletromecânica, o que gerou a confusão. Em nota oficial, o TJ-BA afirmou que a empresa Metrópole não providenciou o número suficiente de salas para alocar os estudantes na Escola de Engenharia Eletromecânica e, por isso, as provas não foram realizadas no local. Ainda segundo o Tribunal, a empresa é a vencedora do processo licitatório da modalidade Pregão Eletrônico, realizado em março deste ano, e preencheu todos os requisitos do Edital e da Lei de Licitações, apresentando atestados de capacidade técnica. "O Tribunal de Justiça irá apurar os fatos e, no menor espaço de tempo possível, adotará as providências cabíveis", diz o comunicado.

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