“A gente quer fugir dessa praça fechada que é o shopping”. Dito e feito: a tal praça fechada foi realmente esquecida, no domingo (7) - pelo menos pela família do servidor público Luiz Xavier, 45 anos. E a fuga não poderia ter sido para um lugar mais adequado: uma praça de verdade, a Ana Lúcia Magalhães, na Pituba.
Foi lá que aconteceu a primeira edição do projeto Boa Praça – uma espécie de feira que reúne desde chefs renomados, vendendo pratos com preços entre R$ 5 e R$ 20, até expositores das áreas de moda, fotografia, decoração e artes plásticas (18, no total).
Para completar, tem atrações artísticas para todas as idades: nomes como Júlia Tazzi e Dom Chicla para os grandinhos e Tio Paulinho para os pequenos. Ou seja: um prato cheio para a família de Luiz e tantas outras.
“O bom é que essa é uma praça que tem infraestrutura para as crianças”, apontou a esposa dele, a advogada Edna Luz, 34. Para se refrescar com a filha Amanda, 5, eles escolheram o sorvete do Olá, que tal?. O evento começou no sábado e rola até esta segunda-feira (8), em edição especial por conta do feriado da Conceição da Praia, das 11h às 18h.
Depois, eles voltam a cada 15 dias (assim, a próxima Boa Praça vai ser no final de semana dos dias 20 e 21). De acordo com os organizadores, o público foi de 7 mil pessoas por dia, já nesta estreia. E valia comer em pé, sentado na esteira ou até na grama mesmo.
Essa última foi a opção da empresária Daiane, 32, e do bancário Márcio Costa, 35. O casal, que é vegetariano, saiu de Patamares só para provar o baião de dois do A Saúde na Panela, que saía por R$ 15. “É um programa diferente e ainda tem opção para a gente, que não é fácil de encontrar”, comentou Márcio.
Depois de brincar à vontade, ao som do grupo de música infantil Canela Fina, o pequeno Bento, 10 meses, ainda aproveitou para tirar uma soneca embaixo da árvore, enquanto os pais relaxavam numa esteira estendida na grama.
“Nós costumamos vir para cá sempre, mas geralmente logo vamos embora. Hoje (último domingo), vamos almoçar e ainda passar o dia inteiro”, contou a mãe de Bento, a produtora cultural Lídice Berman, 33, acompanhada do marido, o cantor Duda Sepúlveda, da banda Diamba.
Mas essa era bem a intenção dos criadores do Boa Praça: agradar diferentes gostos, de todas as idades. “O objetivo é ser um programa para a família”, explicou uma das sócias do projeto, Lara Kertész. Ao contrário da Feira da Cidade, o Boa Praça não é itinerante: vai ser sempre na Ana Lúcia Magalhães. “Escolhemos porque já é uma praça bem frequentada por famílias”.
Por enquanto, eles não pretendem ampliar o número de expositores, mas estão em busca de outros artistas dispostos a participar: seja com dança, música ou teatro. “Podemos ir para outras praças, mas seria um projeto diferente”, afirmou o também sócio Cássio França.
Nos stands gastronômicos, tinha fila para quem queria provar delícias como o arroz nordestino do chef Fabrício Lemos, por R$ 15. “Aos poucos, a população vai provando as misturas e conhecendo o novo”, disse Lemos.
O chef Gabriel Lobo, da Cozinha de Guerrilha, também comemorou a possibilidade de atrair novos clientes. “Conquistamos pelo sabor”. Ainda deu para experimentar a quesadilla do El Caballito, as sobremesas do Quatro Chefs e a Muamba do Beto, um lançamento do chef Beto Pimentel, que ainda nem foi lançado no cardápio do restaurante Paraíso Tropical. “
É uma galinha angolana, que fica seis horas sendo cozinhada na água de coco”, explicou a irmã do chef, Fatinha Pimentel, referindo-se ao prato que custa R$ 20 - até o final da manhã, mais de 200 já tinham sido vendidos.
Os outros expositores incluíam desde produtos como vestidos feitos à mão, que chegavam a custar R$ 300, até o pó colorido Zim Color, que caiu nas graças da criançada. Hoje, ainda dá para curtir o último dia do Boa Praça. Além disso, os fãs de gastronomia e artesanato podem conferir a Feira da Cidade, no Farol da Barra.
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