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SALVADOR

Ex-servidor é preso após receber R$ 10 mil para impedir audiência

Jusivel Viana trabalhava na secretaria de Justiça e é acusado de participar de esquema que também escolhia celas em presídios

Redação iBahia • 31/08/2016 às 11:55 • Atualizada em 01/09/2022 às 11:51 - há XX semanas

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					Ex-servidor é preso após receber R$ 10 mil para impedir audiência
(Foto: Divulgação / SSP-BA)
Um ex-funcionário da antiga Secretaria Estadual de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH), Jusivel Viana Marques, foi preso no final da tarde desta terça-feira (30) na própria residência, no bairro da Boca do Rio, um dos pontos de atuação do traficante Claudomiro Santos Rocha Filho, o Nicão, preso no início do mês de agosto. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Estado da Bahia (SSP-BA), a prisão de Jusivel desarticulou parte de um esquema que retardava audiências e escolhia celas dentro do sistema prisional baiano para beneficiar traficantes e homicidas. O esquema, segundo a SSP-BA, era liderado pela advogada Rebeca Cristine Gonçalves dos Santos, que defendia judicialmente o traficante Nicão e é, também, sua atual companheira. Ela foi presa também nesta terça-feira (30) quando saía do Fórum Criminal de Sussuarana e será indiciada por tráfico de drogas, associação ao tráfico e lavagem de dinheiro. De acordo com informações das equipes dos departamentos de Combate ao Crime Organizado (Draco) e de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o esquema consistia em adiar as audiências de Nicão, garantindo assim que os prazos estabelecidos por lei fossem excedidos, resultando na sua soltura. Também havia comercialização de celas dentro do sistema prisional. "Rebeca oferecia propina para funcionários retardarem todo o processo de audiências. Com esses adiamentos ela entrava com pedidos para relaxamento de prisão do companheiro criminoso alegando excesso prazal”, contou o diretor do Draco, o delegado Jorge Figueiredo. Jusivel chegou a receber R$ 10 mil para impedir que Nicão fosse encaminhado para uma audiência. Segundo ele, não existe, até o momento, indícios que apontem para a participação de magistrados no esquema. “Temos ainda áudios com conversas entre Rebeca e Jusivel com ela determinando a colocação de determinados presos em pavilhões e celas no sistema prisional", completa o delegado. As investigações para desarticulação da organização criminosa continuam. "Sabemos que ele não deveria agir sozinho", diz o delegado Jorge Figueiredo. A disputa por pontos de tráfico em Camaçari, protagonizada por Nicão e por Marivan Elias da Silva, o Quila, resultou, segundo a polícia, na morte de três adolescentes no último sábado (27) e de pelo menos mais cinco assassinatos no município. Os dois traficantes já foram aliados até o ano passado.

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