icone de busca
iBahia Portal de notícias
CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE
SALVADOR

Família de advogado acusa publicitário de provocar acidente

Advogado já respondia por dirigir bêbado. Acidente em 2001 feriu três. Família diz que publicitário furou sinal fechado

foto autor

11/11/2014 às 9:18 • Atualizada em 26/08/2022 às 19:43 - há XX semanas
Google News iBahia no Google News
Advogado Roberto João Starteri Sampaio Filho (Foto: OAB)
O advogado e professor universitário Roberto João Starteri Sampaio Filho, 38 anos, suspeito de provocar um acidente que resultou na morte de uma pessoa e deixou outra gravemente ferida, no Itaigara, na madrugada de sábado, já responde a processo na Justiça por outro acidente de trânsito. Segundo o delegado Nilton Tormes, titular da 16ª Delegacia (Pituba), Roberto João se envolveu em um acidente de trânsito no município de Palmeiras, na Chapada Diamantina, que deixou três pessoas feridas. "Na época, foi divulgado que ele estava alcoolizado. Ainda estamos investigando isso. Ele se negou a fazer o teste do bafômetro, como aconteceu agora", afirmou o delegado. No sábado, o advogado bateu a picape que dirigia, uma Nissan Frontier preta, contra o carro do publicitário Daniel Paschoaliq Prata, 28, um Hyundai Sonata prata. O jovem morreu na hora. O acidente aconteceu na Avenida ACM, por volta das 4h, perto do Parque da Cidade. No Hyundai estava também a médica Luciana Lacetti, 35. Ela sofreu diversos traumas e está em estado grave no Hospital São Rafael.
Carro de Daniel após batida (Foto: Correio)
Versões Segundo parentes de Daniel, Roberto João estava bebendo quando o acidente aconteceu. Ontem, o CORREIO revelou que o advogado foi expulso de uma boate no Rio Vermelho, momentos antes do acidente no Itaigara. Familiares de Roberto João, no entanto, apontam Daniel como responsável pela colisão. A vítima teria invadido o sinal vermelho. "Ele (Roberto João) podia estar morto se não estivesse com o cinto de segurança. O cara também estava bebendo. Ele sai imprudentemente e cruza na frente do carro", disse um familiar, que preferiu o anonimato. A fonte disse desconhecer que o advogado já esteja respondendo a processo por outro acidente de trânsito. Segundo o delegado Nilton Tormes, a polícia ainda não sabe quais dos dois envolvidos teria provocado a batida. De acordo com ele, câmeras da prefeitura e da Secretaria da Segurança Pública (SSP) registraram o momento da colisão, mas as imagens ainda estão sendo analisadas. "Não vi as imagens ainda, mas elas já foram solicitadas. Precisamos verificar quem dos dois invadiu o sinal, em que velocidade os carros estavam". O delegado pretende ouvir amigos dos envolvidos e testemunhas do acidente. Prisão Roberto João está detido desde o dia do acidente, na sede da Polinter, nos Barris. Segundo a assessoria do Tribunal de Justiça, ele deve permanecer preso até que o inquérito seja finalizado. O delegado tem prazo de dez dias para concluir a investigação. Os advogados de Roberto João entraram com pedido de fiança, mas o pedido foi negado pela juíza Carla Ceará. De acordo com a assessoria, a magistrada tomou a decisão "para garantir a ordem pública e salvaguardar o meio social". Segundo a delegada da Central de Flagrantes, Dalva Cardoso, que registrou a ocorrência, o advogado fez exame médico legal, mas se recusou a receber atendimento no hospital, após o acidente. "Ele foi levado ao HGE, como a outra vítima, mas se recusou a ser medicado. Os exames de corpo de delito apontaram escoriações, nada grave", disse. Ainda segundo ela, o advogado também se negou a fazer o teste do bafômetro. Parentes dele justificaram que, segundo a lei, a vítima não é obrigada a produzir prova contra si. "Ele estava desnorteado pela pancada, foi muito violento", completou outro familiar.
Daniel Prata (Reprodução: Facebook)
Querido pelos alunos, advogado ensina Direito Penal | Renato Alban O advogado e professor universitário Roberto João Starteri Sampaio Filho, 38 anos, envolvido no acidente que matou o publicitário Daniel Paschoaliq Prata, 28, no sábado, é um dos docentes mais respeitados e queridos da Faculdade 2 de Julho, no Garcia, onde trabalha há três anos, segundo alunos da instituição. “Ele é uma pessoa íntegra e muito inteligente. É muito disputado. Como só dá aula aqui uma vez por semana, a turma dele sempre é cheia”, contou a acadêmica de Direito Talita Santos, 23. Roberto João é professor de Processo Penal e Prática Penal e também leciona na Unyahna, em Patamares, e é dono de um escritório de advocacia. O professor é casado e tem dois filhos, um adolescente de 17 anos e uma menina de 7. “Tínhamos solicitado à faculdade que ele continuasse como professor da turma no próximo semestre. O pessoal está muito abalado. Estamos em oração”, afirmou a estudante de Direito Crislane Ferreira, 22. “Queria ser estagiária dele, porque gosto de Penal. Ele não é uma pessoa ruim. Pelo contrário, é respeitado aqui”, afirmou outra aluna e admiradora Emily Santos, 21. Segundo as fontes, alguns professores e estudantes visitaram Roberto João na sede da Polinter, nos Barris, onde ele está preso desde sábado. “É uma pessoa muito dedicada, responsável e querido de seus alunos. Estive com ele na prisão mais cedo. Roberto João está muito abatido. Não só pela situação, mas pela morte”, disse o coordenador do curso de Direito da 2 de Julho, Paulo Mascarenhas. “Está muito abalado. O carro dele capotou e Roberto João sofreu algumas lesões. Poderia ter morrido”, afirmou o advogado do professor universitário, Sérgio Habib. Segundo ele, Roberto João nega que tenha avançado o sinal e que estivesse embriagado. “O semáforo estava aberto para ele. Estamos atrás de filmagens que provem isso. Também não há provas de que ele estivesse bêbado”, afirmou Habib. Segundo a polícia, o professor se recusou a fazer o teste do bafômetro. O advogado de defesa, no entanto, nega e afirma que os policiais relataram a embriaguez do professor apenas com base na aparência. “Ele tem praticamente 30 anos de carteira e nunca teve um acidente”, afirmou Habib. Questionado sobre o envolvimento de Roberto João em outra colisão no trânsito, no município de Palmeiras, em 2001, Habib rebateu a versão da polícia de que três pessoas teriam ficado feridas. “Bateram no carro dele, mas não teve vítimas. Ele é réu primário”. O advogado disse ainda que vai pedir a revogação da prisão do professor. Matéria Original Correio 24 Horas: Família de advogado acusa publicitário de provocar acidente: "ele também estava bebendo"

Leia também:

Foto do autor
AUTOR

AUTOR

Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!

Acesse a comunidade
Acesse nossa comunidade do whatsapp, clique abaixo!

Tags:

Mais em Salvador