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Família de gêmeos afirma que pedido de prisão ameniza a dor

Irmãos foram mortos na última quarta-feira, na Baixa do Tubo, em Cosme de Farias, no escritório de um deles

Redação iBahia • 20/08/2016 às 10:07 • Atualizada em 30/08/2022 às 7:25 - há XX semanas

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Para os familiares dos irmãos gêmeos Cézar Sílvio e Sílvio Cézar Carvalho dos Santos, 45, o mandado de prisão expedido contra Gilmar Ferraz de Almeida ameniza a dor da perda. “É um alívio saber que a polícia está procurando por ele, mas, mesmo assim, ficamos apreensivos. Eles são perigosos. Já mataram muitos de nós. Por um lado, estamos aliviados, mas por outro, ficamos com medo do que pode acontecer amanhã”, disse um familiar, que não quis ser identificado.
Os irmãos foram mortos na última quarta-feira, na Baixa do Tubo, em Cosme de Farias, após dois homens chegar em uma moto no escritório de Sílvio, se passando por cliente. Eles atiraram contra o advogado e Cézar, que estava na rua, próximo ao local do crime, tentou correr, mas também foi atingido.

				
					Família de gêmeos afirma que pedido de prisão ameniza a dor

Foto: Almiro Lopes/CORREIO

A Secretaria de Justiça, Direiros Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS) informou que até a tarde de ontem, nenhum familiar das vítimas havia procurado a unidade. Desde que o crime ocorreu, os familiares planejam pedir para entrar no Programa de Proteção a Vítimas e Testemunhas Ameaçadas (Provita). “Precisamos considerar muitas coisas. Vamos sentar e conversar. Parar e decidir o que vamos fazer”, afirmou um irmão dos gêmeos.
Ontem, a esposa do cinegrafista Cezinha era aguardada no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) para prestar depoimento, mas ela não esteve na unidade e a data será remarcada. Sobre a prisão dos cinco ciganos, a família das vítimas disse aguardar por justiça. “Esperamos que, se for comprovado o envolvimento deles, que sejam julgados e condenados”, disse.
Em nota, a assessoria do Ministério Público do Estado (MPE-BA) informou que a instituição está acompanhando as investigações sobre os crimes de 2014 e 2016. “O MP, por meio das Promotorias de Justiça Criminais das comarcas, acompanha a retomada das investigações pela Polícia Civil, que estão em curso a partir de novos indícios trazidos pelos homicídios dos gêmeos”. A nota diz ainda que “o Ministério Público continuará atento a todos os desdobramentos das investigações para que os crimes sejam elucidados com a agilidade e eficiência que os casos requerem”. Briga com ciganos começou em 2014 A briga envolvendo a família dos gêmeos Cézar Sílvio e Sílvio Cézar Carvalho Santos, 45 anos, executados na Baixa do Tubo, na quarta-feira, teve início em 2014. A rixa começou quando a professora Maria Nilda Fiúza, ex-mulher de Jailton Carvalho dos Santos, irmão dos gêmeos, pegou um empréstimo de R$ 7 mil na mão de ciganos. Poucos meses depois, ela viu a dívida chegar a R$ 122 mil. A professora e o ex-marido chegaram a pagar R$ 43 mil ao cigano Jair Ferraz de Almeida, que exigiu como complemento do pagamento a casa deles, avaliada em R$ 400 mil. Em depoimento à polícia, Jailton informou, na época que, para se livrar da pressão do agiota, planejou matá-lo. Garantindo que iria liquidar a dívida, ele atraiu o cigano até sua loja, na Avenida Bonocô. Jair chegou acompanhado da mulher, de prenome Clarisse, e de lá seguiram todos para Simões Filho. Ao chegar a um local pouco movimentado, Jailton efetuou dois disparos contra o cigano. Depois, obrigou Clarisse a sair do veículo e fugiu. O carro foi encontrado queimado, duas semanas depois, em Coração de Maria. A polícia apurou que dois cheques no valor de R$ 28 mil, que estavam em poder do cigano, foram depositados na conta de Jailton. No mesmo dia, Nilda, David Santos, filho do comerciante com outra mulher, e o seu sobrinho Uanderfon foram sequestrados, torturados e tiveram os corpos carbonizados. Os corpos de Nilda e David foram encontrados, em 15 de agosto, em um terreno baldio, em Lamarão do Passé, no município de São Sebastião do Passé. Já o corpo de Uanderfon foi achado em Dias D’Ávila. Na ocasião, dois ciganos conhecidos como Bira e Gilmar foram apontados como participantes do triplo homicídio. Mesmo após a morte deles, a família do comerciante continuava sofrendo ameaças dos ciganos.

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