Feliciano ganha diploma de defensor dos Direitos Humanos

Apesar das manifestações contra o deputado Marco Feliciano em diversas cidades brasileiras, o pastor foi homenageado na última quinta-feira (4), recebendo um diploma de Defensor dos Direitos Humanos. O documento foi emitido pela Federação Brasileira de Defesa dos Direitos Humanos (FBDH), sediada na capital baiana. O diploma, assinado pelo diretor presidente da federação, informa que o pastor passa, a partir desta quinta-feira, "a gozar de todas as prerrogativas inerentes ao cargo, respaldado pela Assembleia Geral das Nações Unidas - ONU, na Resolução 53/144, de 09 de Dezembro de 1998, e protegido pelo Decreto 6.044/07". Feliciano diz ter ficado emocionado com a homenagem. "Fiquei emocionado ao ser homenageado pela Federação Brasileira de Defesa dos Direitos Humanos. A Deus toda glória!", publicou em seu Twitter, juntamente com uma foto do diploma.No site da instituição, foi publicada uma nota com erros ortográficos, que informa que o presidente da FBDH, Elizeu Fagundes Rosa, se encontrou com Feliciano e que a federação deseja conhecer as proposta de trabalho do deputado, frente a Comissão CDHM, e "coloborar na defesa das minorias, grupos vuneraveis e na politica de telerancia religiosa (sic)". A nota também diz que, para o presidente da federação, o deputado "tem a oportunidade de mostrar seu trabalho, provando que tem capacidade de continuar na presidência da CDHM, Segundo Fagundes, é muito sedo para Julgar a administração de alguém no inicio do seu trabalho, a Federação vai intermediar com alguns grupos de Direitos Humanos, uma forma de deixa o Deputado Feliciano trabalhar nos primeiros meses de sua presidência frente a Comissão CDHM, para ele provar o contrario do que as pessoas propagam ao seu respeito (sic)". Visita do pastor à Salvador foi marcada por manifestações Na noite desta quinta-feira (4), o deputado Marco Feliciano participou do 20º Congresso do Poder do Impacto do Espírito Santo, realizado na Igreja Batista do Avivamento Profético, na Ribeira. Cerca de 30 pessoas ligadas ao Grupo Gay da Bahia (GGB) e da Associação de Travestis de Salvador (Atras) protestaram do lado de fora contra o presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, polêmico por conta de declarações consideradas homofóbicas e racistas.Do outro lado, o deputado estadual sargento pastor Isidório (PSB) e evangélicos cantaram músicas gospel para abafar os gritos de protesto. "Ninguém pode ser forçado a ser gay. Se a bíblia diz que o homem e a mulher foram os sexos abençoados, qualquer outro é amaldiçoado. Quem diz isso é a bíblia, o papa e os pastores. Eu fui homossexual e sei o que estou dizendo. Tenho 18 anos de recuperado e tenho amigos se recuperando em clínicas", contou o deputado baiano. No Twitter, Feliciano falou sobre a sua visita à capital baiana. "Obrigado mais uma vez aos baianos que me receberam com uma linda festa em Salvador-BA", postou o deputado. Homofobia e estelionato Feliciano é alvo de duas ações penais no Supremo Tribunal Federal (STF). Uma delas é por discriminação, por conta de frase postada no twitter considerada homofóbica. A outra é por estelionato. Segundo denúncia do Ministério Público do Rio Grande do Sul, Feliciano firmou contrato para participar de um show evangélico no Rio Grande do Sul em 2008, mas não compareceu. Ele é acusado de inventar um acidente no Rio de Janeiro para justificar a ausência no evento, para o qual recebeu cachê de R$ 13,3 mil, passagens e hospedagem. A denúncia foi oferecida em 2009, antes de Feliciano ser eleito deputado federal. O caso foi para o Supremo em 2011, quando ele passou a ter prerrogativa de foro. Segundo a defesa do pastor, o valor foi ressarcido aos promotores do evento. *Com informações do Correio 24h