Funcionários de empresas de ônibus prolongam paralisação de hoje

Funcionários da maioria das empresas de ônibus decidiram prolongar a paralisação que surpreendeu a população de Salvador na manhã desta quinta-feira (16). A redação do CORREIO apurou que somente a Transol e a União retomaram as atividades às 8h. Todas as demais empresas estenderam o período sem trabalho até uma hora depois do horário acertado com o sindicato da categoria. A decisão de suspender o serviço de transporte público na capital foi decidida em assembleias realizadas nas principais garagens de empresas de ônibus na madrugada de hoje. A informação foi confirmada por uma fonte do Sindicato dos Rodoviários no Estado da Bahia, que informou que representantes da categoria estiveram das 4h às 8h nas garagens. O presidente do sindicato, Hélio Ferreira, não foi encontrado para comentar a paralisação. Uma fonte da categoria, contudo, informa que os usuários do sistema de transporte não foram alertados sobre a mobilização de hoje porque não há uma obrigatoriedade prevista pela lei para tal. Eles ressaltam que somente em caso de greve é necessário comunicar a população com 48h de antecedência. Nesta quarta-feira, o Sindicato dos Rodoviários chegou a marcar uma assembleia geral que poderia terminar com o indicativo de greve, mas a reunião foi adiada. O encontro seria realizado para discutir reivindicações da classe que já realizaram sete rodadas de negociação com o sindicato patronal, sem acordo. Eles querem redução da jornada de trabalho, 15% de aumento salarial e aumento dos tickets de alimentação. Como forma de tentar suprir a grande demanda de passageiros às 9h, algumas empresas de ônibus optaram por modificar as linhas realizadas por alguns veículos para atender as regiões de maior fluxo. A redação do CORREIO apurou, por exemplo, que carros da linha Barra 3 foram transferidos para o percurso Campo Grande/Estação Mussurunga. Em entrevista à TV Itapoan, o assessor de relações sindicais do Sindicato das Empresas de Transporte de Salvador (Setps), Jorge Castro, rejeitou a paralisação. "Atitude irresponsável, violenta e desagradável dos rodoviários. É uma situação abusiva e não temos que tolerar", qualificou. Matéria original do Correio Funcionários de empresas de ônibus prolongam paralisação de hoje