O plano de construção do novo Centro de Convenções da Bahia (CCB) ganhou mais um capítulo, nesta semana: o Consórcio Fonte Nova Participações (FNP), que administra a Arena Fonte Nova, se tornou o segundo grupo a demonstrar interesse e apresentar, ao Governo do Estado, proposta para construção do novo CCB em Salvador.
Além do FNP, a empresa Reag Gestora de Recursos Ltda já havia apresentado um plano e sido autorizada a realizar um estudo de viabilidade de construção na área do Parque de Exposições.
De acordo com o FNP, a ideia é construir o CCB e um hotel de médio porte no Estacionamento Externo (EE) da Arena Fonte Nova, localizado em frente ao Dique do Tororó, que tem 14 mil m². Já Reag apresentou a proposta de construção do novo CCB no Parque de Exposições, em área de propriedade do governo, com 250 mil m² e um complexo de negócios formado por torre empresarial, torre de hotéis e estacionamento.
O FNP argumentou que Salvador “já possui rede hoteleira e comercial satisfatória” e que, por isso, apenas propôs o equipamento acrescido de um hotel de médio porte.
A empresa ainda não está apta a realizar um estudo de viabilidade para a estruturação e desenvolvimento de concessão do equipamento e diz não ter previsão de custo, tendo em vista que a modelagem financeira não foi abordada na proposta.
“Qualquer empresa que manifeste interesse em fazer estudos, quando for lançada a licitação, terá que concorrer a licitação da mesma forma. Tanto a Reag como o FNP estão concorrendo e a realização de estudos não significa que a empresa irá ganhar a licitação”, explicou a Secretaria estadual da Comunicação (Secom).
Os secretários do Turismo e da Casa Civil, José Alves e Bruno Dauster, respectivamente, foram procurados pelo CORREIO e questionados acerca da proposta, dos próximos passos para a construção do CCB e da indefinição de local para a construção do equipamento, mas não se manifestaram até o fechamento da reportagem.
O atual Centro de Convenções, que sofreu um desabamento parcial em setembro de 2016, possui área de 153 mil m², sendo 57 mil m² de área construída. A proposta da Reag é de expansão do centro para 250 mil m², a qual foi criticada pelo trade turístico por conta da construção de mais leitos de hotéis e de ser longe de Salvador, afastando o turista do Centro da cidade.
Para o trade, a atual sede, no Stiep/Jardim Armação, deve ser reconstruída e recolocada em funcionamento. O presidente da Federação Baiana de Hospedagem e Alimentação, Silvio Pessoa, criticou a ideia. "Esta proposta da Fonte Nova é antiga. O próprio governo já tinha descartado. Só prova que eles não têm projeto nenhum. Isto é somente fumaça para mostrar que estão fazendo algo", declarou.
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Redação iBahia
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