Uma pequena parcela dos mais de 20 mil manifestantes, após o início do confronto de ontem, depredou ônibus, saqueou e destruiu a loja de óculos da marca Chilli Beans na Avenida Sete de Setembro, quebrou todas as portas de vidro da agência do Banco do Brasil na mesma avenida e forçou outras portas de lojas.
“É sangue no olho, seus covardes”, gritava um jovem que escondia o rosto e deixava visível a palavra Peace (Paz, em inglês) na camisa. “A ação da polícia fez a galera perder a consciência, a razão. Não é desse jeito que a gente muda as coisas erradas”, reprovou o malabarista Jamilton Bezerra, 23 anos.
O som do quebra-quebra era quase sempre acompanhado de vaia pelos manifestantes. Lixeiras, telefones públicos, banheiros químicos foram usados como escudos e foram também queimados.
“A gente quer os jovens na rua, mas não destruindo tudo, mudança é reconstrução”, afirmou a professora Selma Souza, 48, moradora da Carlos Gomes.
A Polícia Civil divulgou que um vândalo foi preso em flagrante ontem, por tentar quebrar os vidros de uma agência do Banco do Brasil. André Souza de Jesus, 28 anos, estava com um grupo de cerca de 20 pessoas, que usavam pedras e pedaços de madeira.
Ele, que já tinha passagem na 9ª Delegacia (Boca do Rio) por apedrejar um ônibus, foi autuado por dano qualificado na Delegacia de Proteção ao Turista (Deltur). O avanço da polícia, desde a Joana Angélica até o Corredor da Vitória foi regado por insultos e palavrões. A greve da polícia, no início do ano passado, foi durante todo o trajeto lembrado pelos manifestantes.
Matéria original Correio 24h
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