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Cíntia foi morta a facadas neste sábado |
O homem que matou a facadas a estudante Cíntia Cardoso Pinheiro, de 14 anos, foi levado para o Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) após receber alta do Hospital Geral do Estado (HGE) na manhã desta segunda-feira (19). Josevaldo Barreto da Silva, de 47 anos, foi internado após tentar se matar com a mesma faca utilizada para cometer o homicídio, no último sábado (17), na avenida San Martin. Ele deve ser ouvido pelo delegado Adagison Sobral, da DHPP. O corpo da garota foi enterrado ontem à tarde, no cemitério Quinta dos Lázaros, na Baixa de Quintas. Há cerca de um mês, Secão, como é conhecido Josevaldo, deixou claro o destino que tinha reservado para a adolescente. “Ele me disse que, se Cíntia não ficasse com ele, ela não ficaria com mais ninguém”, contou ontem a aposentada Maria de Lourdes Cirina da Silva, 61, vizinha da adolescente. Dependendo de uma cadeira de rodas, após quebrar o braço e uma perna numa queda, Maria de Lourdes passou a ser visitada por Josevaldo, com quem até então não mantinha contato. Outro vizinho da adolescente, José Carlos Leite, 45, comentou que se aproximar de Maria de Lourdes foi uma forma que Josevaldo achou para ficar de olho em Cíntia. “Outro dia ele estava escondido atrás de um poste de iluminação com olhar fixo para a casa dela”, lembrou José Carlos. Uma amiga da família da jovem disse que várias vezes o assassino foi visto rondando o Colégio Estadual Carneiro Ribeiro Filho, na Soledade, onde Cíntia cursava a 5ª série.
AgressividadeUma colega de escola de Cíntia contou que a fixação de Josevaldo surgiu há cinco anos, quando ele quis batizar a garota. “Mas nem ela nem o pai quiseram. Toda vez que ela visitava o pai, na Liberdade, onde Josevaldo também morava, ele não tirava o olho dela”, disse. De acordo com os vizinhos, a faca usada por Josevaldo para perfurar as costas e barriga de Cíntia foi comprada há duas semanas. Outra vizinha que não quis se identificar contou que Josevaldo sempre teve um comportamento agressivo. “Tenho uma prima que mora na rua dele e, lá, todo mundo sabe que ele bate na mãe e nas irmãs. Ele não é certo da cabeça”