Uma idosa, identificada apenas como Lúcia, aposentada conseguiu uma media protetiva contra o filho por violências e maus tratos. Informação foi divulgada pela Defensoria Pública do Estado da Bahia (DPE) nesta segunda-feira (27).
Segundo relatos da irmã da vítima, a mulher era praticamente mantida em cárcere privado em seu domicílio e estava com quadro de saúde fragilizado. Relatos de outras testemunhas indicaram também que o filho da idosa, que tem 73 anos, dificultava o contato da vítima com amigos e familiares mesmo que por telefone.
A decisão judicial do DPE/BA, acolhida pela juíza Josefa Martins, o filho da idosa a está proibido de aproximar-se da vítima, seus familiares e testemunhas, mantendo distância mínima de 500 metros. Além disso, ele também esta proibido de entrar em contato com estes por qualquer meio de comunicação.
De acordo com os vizinhos, o filho de Lúcia não trabalha e passava o dia inteiro no apartamento da mulher, em um bairro de classe média de Salvador. Além disso, os vizinhos destacaram ainda que já haviam escutado gritos de Lúcia pedindo socorro e nestas situações o volume da televisão ou rádio eram aumentados ao máximo.
Outras vezes Lúcia foi atendida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) devido a ferimentos como olho roxo, dentes quebrados e até mesmo um corte profundo na cabeça. A idosa que, segundo relatos, recebe uma aposentadoria de R$10 mil era vista em condições que não correspondiam a sua condição financeira. A suspeita é de que o filho tenha tirado a autonomia financeira de Lúcia.
A irmã de Lúcia, acionou o Núcleo de Atenção Psicossocial da Defensoria, que tentou realizar duas visitas ao domicílio da vítima. Na primeira, os agentes do órgão foram despachados com agressividade pelo filho da vítima. Já na segunda vez, a visita foi acompanhada por agentes da Delegacia Especial de Atendimento ao Idoso e houve simulação de que não havia ninguém em casa.
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