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SALVADOR

Investigador perde 3 dentes após ser agredido por PMs no carnaval de Salvador; vítima denúncia racismo

Vídeo mostra momento em que militares se aproximam e atacam homem com um chute e golpes de cassetete durante a festa

Redação iBahia • 02/03/2023 às 20:02 - há XX semanas

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					Investigador perde 3 dentes após ser agredido por PMs no carnaval de Salvador; vítima denúncia racismo
Foto: Reprodução

Um investigador da Polícia Civil foi agredido por policiais militares no carnaval de Salvador. A situação aconteceu durante os dias oficiais da festa e viralizou nesta quinta-feira (2), com a denúncia da vítima, que aponta racismo como causa do ataque.

As agressões aconteceram no circuito Dodô (Barra-Ondina) e deixaram hematomas no policial. O homem também perdeu três dentes e ficou com a visão do olho esquerdo reduzida. Um vídeo feito por testemunhas mostra o ataque. Assista abaixo

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Nas imagens, dá para ver o momento em que os militares dão golpes de cassetete no investigador, identificado como Adson Gomes Miranda. Em determinado momento, um dos policiais ainda dá um chute no rosto da vítima, que já estava caída no chão.

"Estou sem entender até agora porque eles fizeram isso comigo. Não tinha tumulto, não tinha música. Infelizmente, a Bahia não está preparada ainda para conduzir todo esse aglomerado de pessoas, principalmente pessoas negras. Estava eu lá, negro, de rasta, em pé. Para eles, racistas, isso é uma agressão", disse.

Segundo relato do investigado, dado em entrevista a uma emissora de televisão, ele teria escolhido o local onde foi agredido para ficar porque considerou que estaria seguro, pela experiência policial que tem. Adson chegou a citar a presença de um elevado da PM no ponto como uma das coisas que o fez tomar a decisão.

"Me senti um fugitivo da senzala que foi recapturado e, como punição, tomou aquela chicotada. Se não é para a gente se divertir, diga: 'Não é para negro vir'".

Ainda conforme o policial, os PMs ainda teriam agredido uma vendedora ambulante e o esposo dela, que tentaram defendê-lo. A mulher teria ficado com um corte na mão depois de ser atingida com um cassetete.

""Ela gritava: 'Não bata no policial não. Ele é policial'. Naquele momento que eu fui agredido, eu pensei que eu não fosse sobreviver. Eu só estou vivo hoje por causa daquela menina. Se não fosse ela, eu não estaria vivo", refletiu.

O iBahia pediu posicionamento para a Polícia Militar sobre a situação e a instituição disse apenas que "o fato está sendo apurado". Já a Polícia Civil não deu retorno até a última atualização desta reportagem.

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