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Justiça absolve médico acusado de jogar Sáttia Lorena do 5º andar de prédio durante briga

De acordo com o MP-BA, Rodolfo, após agredir fisicamente Sattia Lorena, empurrou-a na direção da janela do quarto do apartamento onde viviam

Redação iBahia • 17/11/2022 às 11:43 - há XX semanas

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					Justiça absolve médico acusado de jogar Sáttia Lorena do 5º andar de prédio durante briga

O Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) absolveu o médico Rodolfo Cordeiro Lucas, acusado de tentar matar Sattia Lorena Patrocínio Aleixo, em julho do ano passado. A vítima caiu do 5º andar do prédio em que morava com o médico, durante uma briga.

O Ministério Público da Bahia (MP-BA) denunciou Rodolfo Cordeiro Lucas em agosto deste ano. Com isso, ele passou da condição de suspeito a réu do processo. Ele era acusado de cometer o crime de feminicídio na modalidade tentada.

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De acordo com a denúncia, Rodolfo, após agredir fisicamente a namorada Sattia Lorena, empurrou-a na direção da janela do quarto do apartamento onde viviam. O imóvel fica no 5º andar do Edifício Serra do Mar, no bairro de Armação. O caso aconteceu no dia 20 de julho de 2020.

Conforme o documento do MP-BA, o suspeito teria forçado que as mãos da médica, que as mantinham dependurada na janela, se soltassem, o que provocou a queda de uma altura de 15,5 metros, causando graves ferimentos.

Responsável pelo caso, o promotor de Justiça Davi Gallo, ressaltou que o motivo do crime foi torpe

Segundo ele, a “ação criminosa foi precedida de ameaças pelo agressor em face da vítima, reiterados momentos antes do desfecho trágico, e quais decorreram do sentimento de posse da não aceitação da ruptura do relacionamento pelo agressor”.

Davi Gallo complementou que a vítima não teve qualquer chance de defesa, pois foi enforcada e agredida pelo denunciado, “desvencilhando-se em determinado momento” e permanecendo em pé em cima da cama do quarto do casal.

De acordo com o promotor, Sáttia, acuada, teria sido empurrada pela janela e tido suas mãos desprendidas por Rodolfo Cordeiro, caindo em seguida.

No dia 15 de julho, o MP também pediu para a Polícia Civil fazer uma nova reconstituição do caso. De acordo com o órgão, a nova reconstituição pedida deve conter a versão dos fatos dada pela vítima. A primeira foi questionada pela defesa do investigado.

Após recebimento da denúncia pela Justiça, o advogado Maurício Vasconcelos, que representa Sáttia, falou que espera levar Rodolfo ao tribunal do júri.

“É o desfecho daquilo que nós já sabíamos, que de fato houve uma tentativa de homicídio perpetrado contra a mesma [Sáttia], que quase a levou à morte e que ainda deixa sequelas terríveis, não só no campo físico, como emocional. E nós vamos aguardar a instrução, na certeza de que tudo isso será confirmado, e esperar que o denunciado seja levado a julgamento perante ao tribunal do júri. Essa é nossa expectativa”, falou.

O que diz a defesa de Rodolfo Lucas

Em nota ao g1 Bahia, a defesa do réu afirmou que “a decisão de recebimento é precária, baseada, unicamente, no despautério acusatório”. Disse ainda que após apresentação da defesa, o recebimento da denúncia “certamente será revisto pela autoridade judicial”.

Também no comunicado, a defesa de Rodolfo Lucasdiz que a “a denúncia e o pedido de prisão feitos pelo MP são vazios tecnicamente e não contêm um único elemento que possa justificar os seus processamentos”.

O que diz a defesa de Rodolfo Lucas

Em depoimento à polícia, Sáttia Lorena Patrocínio Aleixo afirmou que no dia da queda, Rodolfo Lucas falava que ia acabar com a vida dela. A informação consta em documentos do segundo depoimento de Sáttia, obtido pela Rede Bahia.

Sáttia prestou um depoimento ainda no hospital, mas não se recordava de detalhes do dia do ocorrido. Após deixar a unidade de saúde, ela prestou o segundo depoimento, no dia 28 de setembro.

No segundo depoimento, no dia 20 de julho de 2020, quando caiu da janela do apartamento, lembrou que Rodolfo estava segurando o pescoço dela. Ainda segundo o relato, ele ameaçava cortar o rosto dela, dizendo que iria acabar com a vida dela.

Ela também recordou do momento em que estava na janela. Disse que teria gritado por socorro, falando que não queria morrer, e que Rodolfo soltou as mãos dela. Sáttia negou que tenha tentado suicídio, versão dada pelo suspeito.

Sáttia Lorena também disse à polícia que vivia um relacionamento abusivo com o médico. Segundo ela, Rodolfo já a agrediucom puxões de cabelo, socos e já até esfregou um pano no rosto dela para retirar a maquiagem que ela usava.

Sáttia falou também que sofreu, no relacionamento, agressões psicológicas e físicas. Durante briga, ela disse que sofreu um corte ao ser empurrada por Rodolfo.

Segundo ela, Rodolfo estava acostumado a usar medicamentos psicoestimulantes e antidepressivos, insistindo para que ela também os tomasse.

A médica contou que não lembra do momento em que recebeu socorro, apenas de acordar quando já estava Hospital Geral do Estado (HGE), onde recebeu o primeiro unidade onde recebeu atendimento.

Ao final do depoimento, ela disse que Rodolfo já falava para ela, antes mesmo da queda, que quem tem dinheiro no Brasil sai impune e não sofre as consequências dos seus atos.

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