Laje do Instituto do Cacau pode desabar, diz Codesal

Atualizada 18h04 Em visita ao prédio do Instituto do Cacau na manhã desta terça-feira (17), os engenheiros da Defesa Civil (Codesal) constataram que a estrutura do terraço do imóvel está comprometida, em razão do incêndio na manhã de ontem, e corre risco de desabar com 45 botijões de gás que estão no local.Ainda segundo os técnicos do órgão municipal, o prédio não corre risco de desabar, já que as vigas não foram afetadas pelas chamas. Em razão dos riscos no imóvel, incluindo a possibilidade de desabamento de outras paredes atingidos pelo incêndio, o entorno do prédio permanece isolado. O trânsito está interditado na região. Ainda segundo Defesa Civil, para que os estabelecimentos voltem a funcionar no prédio, será necessário que toda a alvenaria do terraço seja demolida. Os engenheiros também identificaram que a parte elétrica deverá ser revisada. Defesa Civil vistoriou o prédio mais uma vezOutra vistoria no Instituto do Cacau foi realizada na tarde desta terça-feira, contando com a presença de representantes do governo do Estado. Os técnicos da Defesa Civil voltaram a descartar a possibilidade do prédio desabar. Eles também verificaram que algumas estruturas das paredes do terceiro e quarto pavimento podem se desprender e que há deformação na estrutura da laje do quarto pavimento e em algumas ferragens da área mais afetada pelo fogo.“A recuperação do imóvel deve acontecer o quanto antes, assim como a revisão de toda a rede elétrica”, afirma o subsecretário da Defesa Civil, Osny Bomfim. A Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (Sedes), órgão responsável pelo Restaurante Popular, que funcionava no prédio, terá que retirar os 45 botijões de gás encontrados no quarto pavimento. “É a situação mais crítica”, avalia o subsecretário. A Defesa Civil orientou a Secretaria de administração do Estado da Bahia (Saeb), responsável pelo imóvel, a realizar a demolição das estruturas das paredes do terceiro e quarto pavimento o quanto antes. “Inicialmente temos que trabalhar para a eliminação e recuperação da estrutura”, afirma Bomfim. Representantes do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC), Secretarias de Administração do Estado da Bahia (Saeb), do Desenvolvimento Social e Combate a Pobreza (Sedes), Superintendência de Construções Administrativas da Bahia (Sucab), Corpo de Bombeiros e um engenheiro estruturalista da prefeitura compareceram à vistoria.

As chamas atingem o terceiro andar do edifício, no Comércio (Foto: Diego Reis/Facebook)

Serviços suspensosAinda na tarde de ontem, a Secretaria da Administração (Saeb) informou em nota que o atendimento no SAC Comércio está suspenso por motivos de segurança. De acordo com a Saeb os serviços só serão retomados com a prévia autorização dos órgãos competentes. No local, trabalham 184 funcionários e são atendidas 3.500 pessoas diariamente. O Procon-Ba informou que os consumidores que precisarem registrar alguma reclamação, poderão se dirigir ao Procon Central, localizado na Av. Carlos Gomes, N° 746 – Centro. Também é possível comparecer a qualquer unidade de atendimento do órgão, a exemplo dos postos nos SACs dos Shoppings Salvador e Barra, além dos SACs de Periperi, Liberdade e Cajazeiras. Todos os outros estabelecimentos que funcionam no prédio também estão fechados. *Com informações do repórter de Fábio Araújo Matéria original Correio 24h Laje de prédio incendiado no Comércio pode desabar com 45 botijões de gás, diz Codesal