Centenas de pessoas acompanharam, na manhã desta quinta-feira (26), a audiência promovida pela seccional Bahia da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-BA) que discutiu a ação da PM na Vila Moisés, no Cabula, que resultou na morte de 12 pessoas e em mais três feridos, inclusive um policial militar. Familiares das vítimas, representantes de movimentos sociais e policiais à paisana compareceram ao evento, realizado no auditório da sede da OAB, nos Barris. Nenhum representante da Secretaria de Segurança Pública e do comando da Polícia Militar compareceu ao evento, que durou cerca de quatro horas e foi marcado por muito barulho e discussão.
Além do presidente da OAB da Bahia, Luiz Viana Queiroz, do vice-presidente Fabrício Oliveira, do vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos da entidade, Eduardo Rodrigues, e do secretário da comissão, Jerônimo Mesquita, estiveram presentes na audiência o assessor de Direitos Humanos da Anistia Internacional, Alexandre Ciconello, o coordenador da campanha "Reaja ou será morto (a)", Hamilton Borges e o secretário de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS), Geraldo Reis. Único representante do governo, o secretário acabou sendo vaiado e xingado durante a audiência. "Quero dizer que o que está ocorrendo aqui é a eclosão das desigualdades sociais e até mesmo um apartheid. Tanto o movimento social quanto a policia precisam se enxergar e enxergar o outro lado", afirmou Reis. Luiz Viana Queiroz lamentou a ausência de representantes da polícia e da Secretaria de Segurança Pública e informou que está disposto a fazer uma nova audiência pública para acompanhar o caso. Ainda de acordo com o presidente da OAB, um novo encontro deve ser marcado também para discutir as mortes de policiais ocorridas na capital baiana nos últimos meses.
Caso Vila MoisésA troca de tiros aconteceu na madrugada do último dia 6 de fevereiro, por volta das 4h, na localidade do Campinho, entre um grupo com cerca de 30 homens e uma guarnição da Polícia de Rondas Especiais (Rondesp Central). Segundo a Polícia Militar, a guarnição recebeu a informação de que um grupo planejava arrombar uma agência bancária na Estrada das Barreiras. Um veículo abandonado foi encontrado durante uma ronda na área e, ao investigar a denúncia, os militares teriam sido recebidos a tiros.
Nenhum representante da Secretaria de Segurança Pública e do comando da Polícia Militar compareceu ao evento |
Presidente da OAB informou que está disposto a fazer novas audiências sobre o caso e também sobre morte de policiais |
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