Um estudo inédito, realizado na Universidade Federal da Bahia e publicado na revista científica Breast Cancer Research and Treatment, indicou que mulheres baianas afrodescendentes tem cerca de 20,8% de chances de serem suscetíveis ao câncer de mama.
Ao todos foram realizado testes genéticos em 292 mulheres, divididas em dois grupos: 173 mulheres com câncer de mama invasivo (casos) e 119 mulheres que não tinham câncer no momento da avaliação (controles). Desse número, 36 mulheres são afrodescendentes e apresentaram a taxa.
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Depois do câncer de pele não melanoma, o câncer de mama é o tipo de neoplasia maligna mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil. Na região Nordeste do país, a incidência da doença é de 44,29 casos novos a cada 100 mil mulheres.
Estudos epidemiológicos revelam que entre 5 e 10% dos casos de câncer são atribuídos a fatores hereditários, quando uma mutação genética transmitida de geração para geração aumenta as chances de uma pessoa desenvolver a doença.
Essas variantes encontradas no sangue ou saliva são classificadas como germinativas (hereditárias) e podem ser passadas de uma geração a outra.
Uma pesquisa do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), em 2022, deve registrar 66.280 casos novos de câncer de mama. Desse número, 3.460 é estimado na Bahia, 1.180 só em Salvador.
Estilo de vida e prevenção
“Apesar da hereditariedade ser um dos fatores de risco para casos de câncer, vale lembrar que a genética familiar representa um percentual relativamente baixo de todos os diagnósticos da doença. O estilo de vida é um dos principais responsáveis pelo surgimento de vários tipos de câncer, principalmente fatores como sobrepeso, obesidade, tabagismo, sedentarismo, consumo excessivo de bebida alcoólica e hábitos alimentares inadequados”, explica Luciana Landeiro.
“Manter-se no peso adequado, fazer atividade física regular, ter uma alimentação saudável, não fumar e realizar os exames de rotina são grandes aliados da saúde em geral e na prevenção de vários tipos de câncer”, conclui a médica.
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Redação iBahia
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