Pelo menos 29 mulheres relataram terem sido vítimas de assédio sexual praticado por Pedro Miguel de Oliveira Silva, 59 anos, no restaurante 33 Steakhouse, no Salvador Shopping.
O sócio do restaurante foi acusado de assediar duas menores de idade no dia 3 de março. O caso ganhou repercussão após a irmã de uma das supostas vítimas, a Judith Cerqueira, de 24 anos, publicar um desabafo nas redes sociais.
Em entrevista ao Correio, Paloma Portela, mãe da outra menor de idade, contou que recebeu "contatos de diversas meninas que passaram por isso”. Ela disse ter sido procurada, também, por, ao menos, quatro ex-funcionárias do relações-públicas.
“Eu recebi contato de ex-funcionária que trabalhou com ele há mais de 12 anos, e ele já vinha cometendo esse tipo de ação”, relatou a publicitária. O número de vítimas, aliás, pode ser ainda maior. “Essas pessoas que denunciaram falaram que conhecem outras, de diversas idades”, destacou ela ao jornal.
Uma das mulheres que se diz vítima do empresário relatou ao jornal que foi assediada em duas ocasiões diferentes. A primeira acontece em 2020. “Estava jantando e tomando vinho com duas amigas no restaurante 33 e ele se apresentou como sócio e sentou perto da gente. Estávamos sentadas em umas poltronas", começou a contar. Assim como fez com as adolescentes, o suspeito abordou Cíntia e suas amigas oferecendo um convite para a ir à casa dele e passear de lancha.
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Investigações
Procurada pela iBahia, a Polícia Civil informou em nota que o caso está sob investigação e que o homem já foi identificado e prestará esclarecimentos na unidade especializada. Também em posicionamento enviado para o portal, o Salvador Shopping informou que a administração do empreendimento não compactua com nenhuma forma de assédio e que o estabelecimento está à disposição para colaborar com a investigação.
Já o restaurante informou ao iBahia, que a empresas e os sócios repudiam qualquer tipo de assédio e que está tomando todas as medidas cabíveis para o melhor esclarecimento da situação. "Primamos pela excelência no atendimento, comprovados ao longo da nossa existência, pautados pelo bem servir aos baianos, e fiéis os nossos valores bem como da sociedade", diz a nota.
Pedro Miguel foi afastado de suas atividades na empresa após as primeiras denúncias.
