Há dois dias ocupando a sede regional do Ministério da Cultura (MinC), em Salvador, integrantes do Movimento Ocupa MinC Bahia reiteraram nesta quinta-feira (19) que permanecerão no espaço até que o residente da República interino, Michel Temer, deixe o cargo.Os manifestantes deram uma entrevista coletiva no prédio ocupado, no Pelourinho, Centro Histórico da capital baiana. Antes das declarações, o grupo protestou na escadaria interna do edifício, com palavras de ordem como “Fora Temer” e “Resistir, ocupar”.A presidente da Associação Baiana Estudantil Secundarista, Katarina Bahia, leu uma carta pública elaborada pelos manifestantes.
“Ocupamos para demonstrar insatisfação generalizada com o governo interino. Não é legítima a forma como ele foi empossado, não é legítima a extinção e fusão de ministérios [da Cultura e da Educação]. Não respaldamos esse governo. As primeiras falas, as primeiras ações, a estética, as primeiras posturas desse governo apontam na direção de retrocessos, autoritarismo, austeridade da violência institucional”, diz um trecho do documento.O ator e diretor teatral Eurico de Freitas, conhecido como Gordo Neto, disse que a ocupação da sede regional do MinC em Salvador não é um ato isolado explicou que o ato não é isolado, já que unidades da instituição em mais 11 cidades também foram tomadas por manifestantes.“É uma pauta nacional, com repercussão felizmente positiva. Ainda que tenha partido de uma iniciativa dos artistas articulados nacionalmente, isso aqui tem gente de várias vertentes e movimentos sociais integrados”, disse o artista.De acordo com o coletivo Ocupa MinC Bahia, os funcionários da unidade ocupada em Salvador continuam trabalhando normalmente no local.
Foto: Reprodução/ Agência Brasil |
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Redação iBahia
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