A meningite C fez sua 41ª vítima em Salvador. A estudante de Enfermagem Leidiane de Souza de Sá Teles, 27, morreu em sua casa, no Cabula. Ela, que era natural de Iraquara, a 346 quilômetros de Salvador, morava sozinha e foi encontrada morta em seu apartamento na segunda(26) . Ela começou a sentir febre e dores na garganta na sexta-feira passada, mas preferiu não procurar atendimento. “Por telefone, a mãe mandou ela ir pro médico, mas ela não foi”, contou a vizinha Jamile Oliveira. Para outra amiga, ela disse que iria esperar os pais chegarem para visitá-la, na segunda-feira. Não deu tempo. Quando o pai da jovem entrou no apartamento, já a encontrou morta, deitada em sua cama com muitas manchas pelo corpo. “Ele não acreditou que ela estava morta, ainda sacudiu, mas ela não acordou”, contou Jamile. Levado para o Instituto Médico-Legal, o corpo passou por perícia e foi liberado no final da manhã de terça, para ser enterrado em Iraquara no final da tarde. Segundo a amiga, Leidiane havia se vacinado na última campanha. O infectologista Claudílson Bastos estranhou a informação. “A menos que tenha tido algum problema na conservação da vacina”, opinou. Presidente da Associação de moradores do Condomínio Arvoredo, onde Leidiane morava, Raimundo Braga preocupa-se com o risco de contágio na vizinhança. “Até hoje não veio ninguém da Secretaria (municipal de Saúde) fazer a profilaxia (aplicação de antibióticos) em ninguém”, queixou-se. A SMS justificou que o caso tinha acabado de ser confirmado e que o trabalho de profilaxia seria iniciado hoje. Apesar de ser a 41ª morte pela doença na Bahia este ano, a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) afirmou que não há motivo para pânico. Isso porque, no mesmo período do ano passado, houve mais mortes: 46 em 180 casos da doença. Este ano foram 132 casos, e a vigilância epidemiológica não vê necessidade de vacinação em massa
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