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SALVADOR

Mercados sofrem com falta de clientes na véspera da Páscoa

Para amenizar as perdas, a saída dos comerciantes do mercado foi baixar os preços de alguns produtos

• 18/04/2014 às 12:11 • Atualizada em 27/08/2022 às 18:06 - há XX semanas

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Foram menos de 48 horas, mas tempo suficiente para deixar os comerciantes de cabeça quente. A greve da PM gerou prejuízo a comerciantes, principalmente àqueles que atuam no varejo, segundo o presidente do Sindicato dos Lojistas da Bahia (Sindilojas), Paulo Motta. “Ainda não temos números. O nosso maior prejuízo é a ausência dos consumidores, que não saíram para comprar, com medo. Afinal, uma venda perdida não volta mais”, desabafou ele, informando que a Páscoa representa o sexto mês de vendas no varejo no país. Ontem, véspera da Sexta-feira Santa, o movimento era tímido nos estabelecimentos tradicionais de Salvador para a compra dos ingredientes da ceia. Quem optou pelo Mercado Popular, em Água de Meninos, não teve problemas com filas para comprar os pescados e os mariscos. No boxe 8, por exemplo, o vendedor Luiz Carlos Cruz corria de um lado para o outro tentando abocanhar os poucos clientes que visitavam o local. “Ontem (quarta-feira), a gente não vendeu nada. Tivemos um prejuízo de aproximadamente R$ 3 mil”, disse ele, informando que o local fechou cinco horas mais cedo que o habitual.
Para amenizar as perdas, a saída dos comerciantes do mercado foi baixar os preços de alguns produtos. O quilo do filé do camarão pistola, por exemplo, caiu de R$ 50 para R$ 40 no boxe 08. No boxe 42, o preço do peixe vermelho diminuiu de R$ 25 para R$ 20 o quilo. “No ano passado, a esse horário, já tinha vendido o dobro de hoje. Quero ver quem vai arcar com esse prejuízo”, relatou o vendedor Luiz de Jesus. Engana-se quem pensa que a promoção agradou os consumidores: “Preferia pagar mais caro e ter segurança para fazer minhas compras do que estar aqui tensa desse jeito”, declarou a dona de casa Maria do Rosário, que, com medo de ações de vandalismo, não fez pesquisa de preço. Dois fuzileiros navais que estavam fardados e armados na entrada do estabelecimento pareciam não estar tranquilos com a ausência dos policiais militares na cidade. “Viemos comprar mercadoria para abastecer o batalhão”, contou um deles, desanimando uma cliente que pensou que eles estivessem ali para fazer a segurança do local. Minutos depois, eles deixaram o espaço, com uma sacola de compras. Com três restaurantes no Litoral Norte, o comerciante Paulo Roberto também enfrentou o medo e foi ao Mercado Popular na manhã de ontem comprar mercadorias. Ele contou que reduziu em cerca de mil quilos a quantidade de peixes e mariscos para abastecer os seus negócios na Semana Santa. “Com essa greve, o meu movimento caiu uns 50%. Estimo um prejuízo de R$ 8 mil a R$ 10 mil”, contabilizou. São Joaquim Na Feira de São Joaquim, a situação não era diferente. Os comerciantes faziam de tudo para seduzir a clientela. “Quanto mais gente, mais o quiabo rende. Esse aqui é da minha fazenda de Itu”, gritava a vendedora Maridalva Falcão. Além do gogó, ela reduziu o preço do cento do quiabo de R$ 10 para R$ 8. Na tenda ao lado, Antônio Conceição dos Santos, mais conhecido como “Pai de Santo”, dizia não saber o que fazer para recuperar o investimento gasto. Ele revelou que comprou R$ 28 mil em mercadorias, incluindo amendoim, castanha, camarão seco e azeite de dendê, mas, até o final da manhã de ontem só tinha conseguido vender R$ 9 mil. “No ano passado, já tinha passado dos R$ 20 mil”, reclamou. SupermercadosO consultor de varejo da Associação Baiana de Supermercados (Abase), Rogério Machado, disse que ainda é cedo para contabilizar as perdas do setor, mas garantiu uma redução de pelo menos 20% nas vendas esperadas para a Páscoa. “Muitos estabelecimentos foram saqueados, outros arrombados e muitos não abriram temendo ações de vandalismo. Agora é focar no sábado para tentar amenizar os prejuízos, inclusive com ações agressivas de preço”. De acordo com ele, o fim da greve anunciado ontem à tarde não vai amenizar as perdas, já que o maior volume de vendas do período é registrado na quinta-feira. “Muita gente já viajou e agora vai comprar o ovo de Páscoa em outra cidade”, lamentou ele. colaborou: Damiana Cerqueira Matéria original: Correio 24h Mercados e feiras sofrem com falta de clientes na véspera da Páscoa

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