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SALVADOR

Mistérios de Salvador: capital baiana esconde lugares assombrados e lendas urbanas

O sobrenatural se impõe no imaginário dos soteropolitanos com histórias que partem, no geral, da oralidade

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Nathalia Amorim

27/10/2022 às 10:46 • Atualizada em 27/10/2022 às 11:15 - há XX semanas
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					Mistérios de Salvador: capital baiana esconde lugares assombrados e lendas urbanas

Cidade secular e histórica, Salvador guarda inúmeros mistérios entre ruas e vielas. Há quem diga, inclusive, que a capital baiana tem lugares assombrados para chamar de seu, onde o sobrenatural se impõe no imaginário dos soteropolitanos.

De acordo com o historiador Rafael Dantas, as fontes existentes sobre essas histórias - e lendas - estão muito mais ligadas à oralidade. O boca a boca ganha força com histórias populares que vem desde a época da Colônia, passando pelo Império e também na República. De geração em geração, as histórias são realimentadas.

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"Geralmene ruínas, igrejas, lugares monumentais carregam, por conta de sua imponência e sua história, essa histórias também ligadas a fantasmas, assombrações, etc", destaca o historiador.

As antigas igrejas de Salvador estão entre os locais mais associados ao sobrenatural na cidade.

"Uma igreja é um referencial da cidade. É um referencial urbano, um referencial religioso. E as igrejas que tinham conventos, que eram próximas a conventos, tinham desde a época da Colônia, passando pelo Império e República, essas histórias associadas a contextos que falam também sobre possíveis visagens, assombrações existentes aqui na cidade", explica.

Entre as igrejas que têm esse histórico estão o Covento do Desterro, o Convento do Carmo e a Igreja dos Órfãos de São Joaquim.

"A Igreja dos Órgãos de São Joaquim era um colégio muito grande. Existem histórias, que não são confirmadas por documentos, mas histórias passadas pelo popular, de que na região tivemos morte de muitas pessoas na época do Império".

Os cemitérios também não poderiam faltar.

"Cemitério do Campo Santo, por motivos óbvios, tem gente enterrada lá, tem mausóleus suntosos, então ali é sempre lembrado nesse aspecto e foi um cemitério construído a partir de meados do século 19. Então, naquela época, muita gente teve resistência em ser enterradas no cemitério", explica Rafael Dantas.

Segundo o especilista, as histórias de vultos, visagens e cemitérios, tem um motivo muito claro para serem contadas. "Onde tem morto, se cria história, se inventa história, ligada a essas partes sobrenaturais", destaca.

Conheça algumas histórias mal assombradas de Salvador:

Casa das Sete Mortes

O local, na Rua Ribeiro dos Santos, número 24, no Pelourinho, é conhecido devido aos homicídios que ocorreram em 1755, crimes que nunca foram desvendados. Reza a lenda que sete pessoas morreram no local. Há histórias de que uma empregada se vingou de maus-tratos, de uma tragédia amorosa, com mortes por envenenamento. O caso nunca foi desvendado.

Teatro Vila Velha

O famoso teatro da capital baiana tem lá suas histórias de terror. Há quem dia que um antigo morador do local e fundador do Vila, ocupa até hoje os corredores, salas de ensaio e camarins. Tem alguns que dizem que já viram o espírito por lá e outros que chegaram ouvir até uma voz.

Voz do Carmo

Segundo a lenda contada na cidade, um grupo se reuniu para jogar bola em frete à igreja do Carmo. No local, uma voz foi ouvida pedindo silêncio, quase um sussurro distante. A história afirma que o pedido foi feito mais de uma vez, e que todos os presentes ouviram. Até que então, os portões da Igreja começaram a tremer de forma estrondosa, assustando o grupo, que correu para longe do local. E um detalhe: não havia sinal de vento na região.

A Loira do Palácio Rio Branco

Os corredores de órgãos públicos e empresas podem esconder muitos segredos e mistérios. Em Salvador, uma atinga história conta que, era carnaval, quando uma mulher chamada Dalise e os colegas trabalhavam. O silêncio dos corredores vazios ecoavam o barulho dos trios que vinham das praças da Sé e Castro Alves. Até que de repente, o som foi abafado por um grito.

Dalise correu em direção ao som e se assustou com o que viu: uma mulher loira que ela não conhecia caminhava pelo salão com o cabelo parte desarrumado e parte preso em um pente. Algumas pessoas chamam essa história de "O morto da Governadoria".

Porão escolar

Alguns estudantes do Colégio Manoel Novaes, no Canela, dizem que antigamente alunos do colégio contavam uma lenda em que afirmavam, que o porão da instituição, era assombrado.

"Existia uma porta de acesso a essa parte (subsolo), que sempre vivia trancada. Me juntei com alguns amigos da época, quebramos o cadeado e descemos escondidos para desbravar o ambiente. Chegando lá, vimos alguns móveis de escritório, gavetas de arquivos, alguns mobiliários estranhos e não identificados. Tinha muita água no chão, que bati no calcanhar, um odor fétido e uma energia muito pesada, sabe? Eu saí de lá com dor de cabeça e uma sensação de angústia", conta Saulo Costa, que estudou na instituição entre 2010 e 2011. A história é uma antiga lenda, passada pelos alunos.

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