Sem abastecimento durante 15 dias, os moradores do bairro do Uruguai viram a água se transformar em artigo de luxo. Muitos ainda estão recorrendo a galões de água mineral para beber, cozinhar e até tomar banho, já que a água que caía da torneira ontem estava marrom e com cheiro forte. “(A água) voltou ontem (anteontem), mas com essa cor e esse cheiro forte”, denunciou o letreiro Washington Luís Sousa, 57 anos, morador da Rua Matias Albuquerque. A doméstica Meirelice dos Santos, 56, que trabalha há seis anos em uma casa na mesma rua, relatou que está praticamente impossível executar suas funções. Ela disse que a água parou de cair há mais de dez dias e que o jeito foi comprar água mineral. Para tomar banho, a família precisa ir para a casa de um parente em outro bairro. Baldes e garrafões de água, doados por vizinhos de outras ruas, continuam dividindo espaço na sala da casa em que a doméstica trabalha, já que a água que voltou a cair não oferece segurança aparente.
Na Rua Francisco Xavier, os moradores estão há duas semanas com as torneiras secas. A aposentada Teresinha de Carvalho, 69, está tendo que carregar baldes de água de um cômodo para o outro, para realizar atividades corriqueiras. A Embasa informou que técnicos realizaram inspeções na rede distribuidora de água no bairro para identificar um vazamento e que esse foi o motivo da diminuição da pressão e, consequentemente, do desabastecimento. A empresa disse que intervenções foram feitas no fim de semana para minimizar os transtornos. Sobre a coloração da água, a Embasa afirmou que é decorrência da presença de minerais em suspensão - o que, segundo a Embasa, é um fenômeno frequente em situações de retomada de abastecimento. A empresa informou, ainda, que os consumidores podem solicitar carros-pipa, pelo telefone 0800 0555 195.
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| A aposentada Teresinha de Carvalho, 69 anos, usa balde para lavar louça (Foto: Marina Silva/CORREIO) |
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